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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Era uma vez um Estadozinho faz de conta!

Eu penso muito. Tem dias em que minha cabeça chega a doer de tanto pensar. E, como todos aqueles que pensam demais, também tenho pensamentos tortos, fantasiosos e ridículos, que só uma cabeça besta que pensa muito é capaz de ter.

Dia desses, comecei a fantasiar que existia um país, chamado País do Faz de Conta. Nesse país, tinha um Estado, bem pobrezinho e pequeno. Nesse estadozinho tinha uma cidade, capital do lugar. Essa cidade era a maior do Estado, a mais desenvolvida intelectual e politicamente. Essa cidade possuía a população mais esclarecida e mais culta do Estado.

Pois bem, um dia essa cidade elegeu um prefeito corajoso e íntegro, que sonhava modernizá-la e torná-la grande e competitiva. E, embora naquele país a maioria dos políticos só gostassem do faz de conta, esse conseguiu melhorar consideravelmente a sua cidadezinha.

Esse prefeito conseguiu organizar sua cidade. Implantou noções básicas de cidadania, como, por exemplo, o respeito a faixa de pedestre (que antes não existia na cidadezinha). Construiu uma estação de ciências, reformou e modernizou o mercado de peixe, o mercado central (feira livre). Melhorou a orla da capital, organizando os bares que invadiam o lugar dos banhistas. Enfim, tornou a cidade melhor pra se viver.

Aí, um dia, esse prefeito decidiu que queria fazer tudo isso pelo seu estadozinho também. E saiu candidato a governador. O seu concorrente era daquele tipo de político que o estadozinho já conhecia muito bem. Político arcaico, com idéias antigas, e muitas já ultrapassadas, político que gosta de ter seu curralzinho eleitoral. Político que não se sai bem em guia eleitoral e, muito menos em debates com seus adversários, e outras coisitas mais.

Bom, então foi feita uma pesquisa, pra saber quem estava mais perto de ganhar a eleição. E o prefeito ficou em segundo lugar. Pior, na cidadezinha em que ele fez tantas melhorias, a pesquisa disse que ele iria perder. Seria possível?

É, mas como tudo isso aconteceu no País do Faz de Conta, das duas, uma. Ou a pesquisa (como tantas outras) também era de faz de conta. Ou os eleitores dessa capitalzinha enlouqueceram e esqueceram quem foi esse prefeito e tudo o que ele fez pela cidade.

Se a pesquisa era fajuta, as urnas irão demonstrar. Se o povo teve amnésia, seria o caso de se dar um remedinho pra memória e uma canjinha de galinha para todos, quem sabe assim não recuperam a sanidade.

Sim, mas não se esqueçam que tudo isso é fruto da minha mente delirante e que pensa demais.


"Beto Chaves"

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