PARAIBA VOX

- Onde a Paraíba esta sempre em primeiro lugar -

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Ministério Público Federal na Paraíba ajuizou uma ação civil pública com pedido de liminar contra os ex-governadores Cícero Lucena, José Maranhão, Ronaldo Cunha Lima e Wilson Leite Braga. A ação é por extrapolação do teto remuneratório fixado constitucionalmente, mediante a percepção conjunta de “pensão” de ex-governador e do subsídio do cargo eletivo. Além disso, tanto o Senado quanto a Câmara dos Deputados informam em suas páginas na internet que Cícero Lucena é senador da República desde 2007 e seu mandato se estenderá até 2015; José Targino Maranhão foi senador de 2003 a 17 de fevereiro de 2009; Ronaldo Cunha Lima foi deputado federal de 2003 a 31 de outubro de 2007 e Wilson Braga foi deputado federal de 2007 a 31 de janeiro de 2011. Percebe-se, dessa forma, que os requeridos já recebiam a “pensão” de ex-governador quando assumiram os mandatos eletivos no Congresso Nacional, extrapolando, assim, o teto constitucional. Na ação, O MPF argumenta que há clara lesão ao erário da União em razão do desrespeito da norma constitucional, já que todos os requeridos percebiam, juntamente com o subsídio do cargo eletivo, a pensão especial de ex-governador, sem que fosse aplicado qualquer redutor. Por isso, o Ministério Público Federal na Paraíba requer a devolução dos valores percebidos a maior, a partir de 2003, por parte dos parlamentares e ex-parlamentares demandados. Para o MPF, a “pensão” concedida aos ex-governadores é, no mínimo, de duvidosa constitucionalidade. “Facilmente se percebe que esta ‘pensão especial’ deriva do simples exercício do cargo de governador, independendo do tempo de contribuição e sem qualquer outra condicionante atuarial”, argumentam os procuradores da República que assinam a ação. Liminar No caso do senador Cícero Lucena, o MPF pede que a direção geral do Senado observe, nos pagamentos dele, o teto remuneratório constitucional, considerando a acumulação de proventos pagos pelo estado da Paraíba, em razão do exercício do cargo de governador e que não tome os valores “em separado”, mas adicione-os, facultando a Cícero Lucena indicar a fonte que deverá reduzir a remuneração para observar o teto único, com a devida comprovação na administração do Senado e perante à Justiça Federal. Pede-se também que tome, através da administração do Senado, a declaração de Cícero Lucena sob as penas da lei, de que observa o teto remuneratório na forma requerida e definida pelo juízo. Além disso, o MPF pede que a Justiça oficie ao Senado e à Câmara dos Deputados,, informem, detalhadamente, como se compõe a remuneração dos parlamentares, discriminando em planilha os valores percebidos pelos requeridos desde 2003, bem como para que encaminhe cópia de Declaração de Atividades Econômicas ou Profissionais ou qualquer documento equivalente eventualmente preenchido pelos demandados quando da posse nos respectivos cargos eletivos. A Câmara dos Deputados deve informar também qual o critério utilizado para calcular os subsídios dos parlamentares/ex-parlamentares Wilson Braga e Ronaldo Cunha Lima, considerando a percepção por eles, além do subsídio do cargo eletivo federal, de verba de representação paga pelo estado da Paraíba pelo exercício anterior da chefia do executivo estadual, atualmente no valor de R$ 18.371,50. E que, na hipótese de pagamento integral dos subsídios aos parlamentes/ex-parlamentares, qual o fundamento legal para pagamento do subsídio decorrente do desempenho de cargo eletivo federal em acumulação com a verba de “representação” paga aos referidos parlamentares/ex-parlamentares pelo exercício anterior da chefia do poder executivo estadual na Paraíba, considerando que o valor total da remuneração extrapolaria o teto constitucionalmente instituído. Teto máximo A Constituição Federal de 1988 determina que os proventos e pensões percebidos, cumulativamente ou não, por todos aqueles que ocupam cargos (eletivos ou não) em quaisquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, não poderão exceder o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Para o Ministério Público Federal, o chamado teto remuneratório do serviço público trata-se de conquista da cidadania e da moralidade pública que pretendeu abolir os super salários na administração pública. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) editou a Resolução n.º 423/2010, reajustando o valor dos subsídios dos seus ministros para R$ 26.723,13. Em dezembro do mesmo ano, o Congresso Nacional, por sua vez, publicou o Decreto Legislativo nº 805/2010, fixando o subsídio mensal dos membros do Congresso Nacional, do presidente e do vice-presidente da República e dos ministros de Estado em valor igual ao do subsídio dos ministros do STF. IN: Blog Mari Fuxico

O Ministério Público Federal na Paraíba ajuizou uma ação civil pública com pedido de liminar contra os ex-governadores Cícero Lucena, José Maranhão, Ronaldo Cunha Lima e Wilson Leite Braga. A ação é por extrapolação do teto remuneratório fixado constitucionalmente, mediante a percepção conjunta de “pensão” de ex-governador e do subsídio do cargo eletivo.

Além disso, tanto o Senado quanto a Câmara dos Deputados informam em suas páginas na internet que Cícero Lucena é senador da República desde 2007 e seu mandato se estenderá até 2015; José Targino Maranhão foi senador de 2003 a 17 de fevereiro de 2009; Ronaldo Cunha Lima foi deputado federal de 2003 a 31 de outubro de 2007 e Wilson Braga foi deputado federal de 2007 a 31 de janeiro de 2011.

Percebe-se, dessa forma, que os requeridos já recebiam a “pensão” de ex-governador quando assumiram os mandatos eletivos no Congresso Nacional, extrapolando, assim, o teto constitucional.

Na ação, O MPF argumenta que há clara lesão ao erário da União em razão do desrespeito da norma constitucional, já que todos os requeridos percebiam, juntamente com o subsídio do cargo eletivo, a pensão especial de ex-governador, sem que fosse aplicado qualquer redutor. Por isso, o Ministério Público Federal na Paraíba requer a devolução dos valores percebidos a maior, a partir de 2003, por parte dos parlamentares e ex-parlamentares demandados.

Para o MPF, a “pensão” concedida aos ex-governadores é, no mínimo, de duvidosa constitucionalidade. “Facilmente se percebe que esta ‘pensão especial’ deriva do simples exercício do cargo de governador, independendo do tempo de contribuição e sem qualquer outra condicionante atuarial”, argumentam os procuradores da República que assinam a ação.

Liminar

No caso do senador Cícero Lucena, o MPF pede que a direção geral do Senado observe, nos pagamentos dele, o teto remuneratório constitucional, considerando a acumulação de proventos pagos pelo estado da Paraíba, em razão do exercício do cargo de governador e que não tome os valores “em separado”, mas adicione-os, facultando a Cícero Lucena indicar a fonte que deverá reduzir a remuneração para observar o teto único, com a devida comprovação na administração do Senado e perante à Justiça Federal.

Pede-se também que tome, através da administração do Senado, a declaração de Cícero Lucena sob as penas da lei, de que observa o teto remuneratório na forma requerida e definida pelo juízo.

Além disso, o MPF pede que a Justiça oficie ao Senado e à Câmara dos Deputados,, informem, detalhadamente, como se compõe a remuneração dos parlamentares, discriminando em planilha os valores percebidos pelos requeridos desde 2003, bem como para que encaminhe cópia de Declaração de Atividades Econômicas ou Profissionais ou qualquer documento equivalente eventualmente preenchido pelos demandados quando da posse nos respectivos cargos eletivos.

A Câmara dos Deputados deve informar também qual o critério utilizado para calcular os subsídios dos parlamentares/ex-parlamentares Wilson Braga e Ronaldo Cunha Lima, considerando a percepção por eles, além do subsídio do cargo eletivo federal, de verba de representação paga pelo estado da Paraíba pelo exercício anterior da chefia do executivo estadual, atualmente no valor de R$ 18.371,50.

E que, na hipótese de pagamento integral dos subsídios aos parlamentes/ex-parlamentares, qual o fundamento legal para pagamento do subsídio decorrente do desempenho de cargo eletivo federal em acumulação com a verba de “representação” paga aos referidos parlamentares/ex-parlamentares pelo exercício anterior da chefia do poder executivo estadual na Paraíba, considerando que o valor total da remuneração extrapolaria o teto constitucionalmente instituído.

Teto máximo

A Constituição Federal de 1988 determina que os proventos e pensões percebidos, cumulativamente ou não, por todos aqueles que ocupam cargos (eletivos ou não) em quaisquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, não poderão exceder o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Para o Ministério Público Federal, o chamado teto remuneratório do serviço público trata-se de conquista da cidadania e da moralidade pública que pretendeu abolir os super salários na administração pública.

Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) editou a Resolução n.º 423/2010, reajustando o valor dos subsídios dos seus ministros para R$ 26.723,13. Em dezembro do mesmo ano, o Congresso Nacional, por sua vez, publicou o Decreto Legislativo nº 805/2010, fixando o subsídio mensal dos membros do Congresso Nacional, do presidente e do vice-presidente da República e dos ministros de Estado em valor igual ao do subsídio dos ministros do STF.

IN: Blog Mari Fuxico

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Que Língua se fala no Brasil?


Há dias, num grupo de residentes da Casa dos Professores em Setúbal, foi posta esta questão. Tendo eu empenhado a parte mais significativa da minha vida a pugnar pela difusão da Língua Portuguesa até aos confins de Timor, não podia deixar de me entristecer a falta de portuguesismo e de autoestima manifestados por vários desses companheiros ao afirmarem que, no Brasil, se fala tudo menos português. Como se nos Estados Unidos ou na Austrália não se falasse inglês e na Argentina ou no México se falasse argentino e mexicano. Infelizmente, muito boa gente que até se reivindica de letras e bem pensante, comunga desta ideia, como que envergonhada de que no Brasil se fale a nossa Língua.
Mas será que, realmente, no Brasil não se fala Português? É natural que também os Brasileiros se tenham questionado acerca deste assunto. Vou socorrer-me de um parecer que me foi solicitado, vão passadas muitas dezenas de anos, e no qual é analisado o seu ponto de vista na matéria. Machado de Assis, glória das letras brasileiras, definiu deste modo a língua nacional do Brasil: A nossa língua é a Língua Portuguesa com pronúncia nossa, algumas insignificantes diferenças sintáticas em relação ao idioma actual de além-mar e o vocabulário enriquecido com grosso contributo indígena e africano e pelas criações e adoções realizadas em nosso meio.
Mesmo os raros escritores brasileiros que algum dia defenderam a criação de uma língua nacional para o Brasil – não mais que Rui Barbosa, João Ribeiro e Raimundo Correia, sem embargo de terem escrito em bom português – em breve mudaram de opinião e se tornaram modelos de vernaculidade. Mas é imensa a plêiade dos que sempre procuraram aproximar-se do padrão ideal da língua literária portuguesa dos quais é justo destacar José Bonifácio, Castro Alves, José de Alencar, Machado de Assis, Afonso Arinos e Olavo Bilac para só citar a meia dúzia dos mais conhecidos e já desaparecidos.
A fim de clarificarem de vez, possíveis dúvidas, em 15 de Outubro de 1946 foi constituída no Brasil uma comissão expressamente encarregada de opinar sobre a designação do idioma falado pelos Brasileiros. Fizeram parte desta comissão cinco membros da Academia de Letras, quatro da Academia de Filologia, dois deputados federais, um inspector geral do ensino, o Reitor da Universidade do Brasil, o Reitor da Universidade Católica e o Presidente da Associação Brasileira de Imprensa ou seja um total de quinze figuras eminentes da letras brasileiras. Do retrospeto histórico e do relatório elaborado por esta comissão, destaco as seguintes palavras que me parecem bastante elucidativas:
É a Língua Portuguesa aquela em que nós, brasileiros, pensamos, em que monologamos, em que conversamos, que usamos no lar, na rua, na escola, no teatro, na imprensa, na tribuna; com que nos interpela, na praça pública, o transeunte desconhecido que nos pede uma informação; é, por assim dizer, a nossa língua de todos os momentos e de todos os lugares. É inteiramente falso dizer-se que, assim como do latim vulgar transplantado para o ocidente da Península Ibérica, resultou o idioma português, assim do português trazido para o Brasil resultou a língua brasileira. Os estudos científicos, sérios e imparciais, aplicados ao Brasil, fazem-nos concluir que a nossa língua nacional é a Língua Portuguesa, com pronúncia nossa. Lemos e compreendemos tão bem uma página de Eça de Queirós quanto uma de Machado de Assis; e quando em escritos de autor brasileiro ou português, desconhecemos o sentido de qualquer palavra, recorremos a um dicionário da Língua Portuguesa. Nunca o Brasileiro, para ler um jornal ou um livro português, precisou de aprender previamente a língua de Portugal: não há dicionários de Português/Brasileiro nem Brasileiro/Português; a gramática da língua nacional no Brasil é a mesma gramática portuguesa.
Este relatório encerra com a seguinte, quase diria dramática, conclusão formal: À vista do que fica exposto, a comissão reconhece e proclama esta verdade: “O idioma nacional do Brasil é a língua Portuguesa. E, em consequência, opina que o idioma nacional do Brasil continue a ser a Língua Portuguesa. Esta denominação, além de corresponder à verdade dos factos, tem a vantagem de lembrar em duas palavras – Língua Portuguesa – a história da nossa origem e a base fundamental da nossa formação de povo civilizado.”.
Não estou a ver em Portugal quem fosse capaz de defender, com tal convicção e sinceridade, este ponto de vista. Mas há mais. Maria Teresa Biderman, professora da Universidade de S. Paulo, escreveu: "Não pensem os Portugueses que nós, brasileiros, não nos importamos com a tradição que deles recebemos. A nossa Língua é tão especial para nós como para eles, pois também é o nosso veículo de comunicação e expansão, oral e escrito; e nessa Língua muitos escritores e poetas brasileiros criaram um tesouro literário de que muito nos orgulhamos. A despeito das diferenças fonéticas e vocabulares, sobretudo na expressão oral, a língua que usamos, aquela que define a nossa própria identidade é a mesma ou seja a Língua Portuguesa.".
Não se justifica, portanto, a menor dúvida de que as línguas que se falam em Portugal e Brasil, como em todo o universo dos utentes do Português, são uma e a mesma língua. Porém não espartilhada num esquema rígido e definitivo. Algumas particularidades, não só naturais como desejáveis, em nada alteram esta verdade. Fernando Pessoa para quem “a minha Pátria é a Língua Portuguesa” – e foram os Brasileiros quem o descobriu – na pluralidade dos seus estilos e heterónimos, não escreveu Português?!

Prof. António Matoso

Política manchada de sangue

Ex-presidente da Paraíba, João Suassuna foi assassinado no Rio de Janeiro no período da Revolução de 30...
A política da Paraíba sempre foi marcada por cenas de sangue e a história registra assassinatos de muitos agentes políticos, em grande ou menores dimensões. Nesse contexto se encaixa o ex-presidente da Paraíba, João Suassuna, que foi assassinado na capital da República - na época o Rio de Janeiro -, em meio aos acontecimentos que sucederam a Revolução de 1930, cujo gatilho foi a morte do então governador João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, que pertencia a um grupo político oposto ao de Suassuna.
João Suassuna nasceu em Catolé do Rocha (PB), no dia 19 de janeiro de 1886, filho de Alexandrino Felício Suassuna e de Joana Pessoa de Vasconcelos Suassuna. Nono filho de uma prole de dez. Criou-se nas fazendas do pai, na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Concluiu o curso de Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife, em 1909 e no ano de 1923 se casou com Rita de Cássia Dantas Vilar, e foi pai de nove filhos, entre os quais o escritor Ariano Suassuna.
Naquela época- meados da década de 20 -, o país e, de modo particular, a Paraíba, viviam uma fase de muitas desavenças políticas, agravadas ainda mais depois da morte do ex-presidente João Pessoa, pelo advogado João Dantas, na cidade do Recife (PE), em julho de 1930. Como João Suassuna linha ligações familiares com João Dantas, com quem o então presidente da Paraíba trocava farpas pela imprensa, este foi acusado de participar do assassinato de Pessoa e daí em diante passou a ser perseguido, ele, seus familiares e amigos. Com a efervescência política do período e com os ânimos exaltados por parte dos seguidores de João Pessoa, não foi somente o Suassuna quem sofreu agressões, mas todos os seus amigos e aliados, famílias inteiras foram obrigadas a fugir da Paraíba para não morrer.
João Suassuna, que substitui Solon de Lucena, governou a Paraíba entre os anos de 1924 a 1928. Era sua intenção indicar como sucessor o amigo Júlio Lira, então secretário de Segurança, o cargo mais importante na época. Em nome da pacificação do Partido Republicano da Parahyba concordou com a indicação de João Pessoa. Ele tinha um certo prestigio junto ao presidente Epitácio Pessoa, o todo poderoso chefe da clã Pessoa.
De acordo com José Nunes, diácono, jornalista e autor do livro "João Suassuna no Reino da Parahyba", a ser lançado em breve, o governo de Suassuna se deparou com três fatores que de certa forma consumiu boa parte das receitas. "estaque para as prolongadas estiagens, o combate aos cangaceiros, principalmente Lampião que em quatro anos não pisou as terras da Paraíba e, também, a Coluna Prestes", avaliou.
Apesar dos esforços em combater movimentos armados que assombravam a Paraíba, Suassuna, mesmo assim, de acordo com José Nunes, construiu obras pontuais que ajudaram a construir um ambiente de calma social e de crescimento econômico. "Ele tinha uma visão totalmente voltada para o meio rural, de onde tinha vindo. Nos quatro anos de seu governo, o presidente Suassuna fez muito pela Paraíba", destaca.
Suassuna também apoiou a cultura
Jornalista e poeta, João Suassuna escrevia para jornais do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Compunha versos e tocava violão, executando música do cancioneiro popular. Apaixonado pelas coisas do Sertão, mesmo quando presidente do Estado, costumava realizar festivais de violeiros em sua residência ou no palácio do governo. Estimulou a publicação de livros, entre os quais o romance A Bagaceira, de José Américo de Almeida, que teve repercussão imediatamente ao seu lançamento.
Na Paraíba, João Suassuna foi homenageado tendo seu nome emprestado ao aeroporto da cidade de Campina Grande. No local, há vários painéis instalados que retratam a cultura local, dentre eles, o principal é de autoria do escritor Ariano Suassuna e possui um texto poético em homenagem ao seu pai. 
In: Blogue Mari Fuchico

Dicas de português

As sete mudanças da língua portuguesa
Istambul é mais antiga que o rascunho da Bíblia. Quando Jesus nasceu, a bela cidade turca tinha 667 anos. Os séculos lhe deram nomes diferentes. O primeiro, Bizâncio. O segundo, Constantinopla. Com essa denominação, tornou-se, em 330, a capital do Império Romano do Oriente. O imperador não a escolheu por acaso. Elegeu-a porque queria uma urbe à imagem e semelhança de Roma - com sete colinas. Batizou-a de Nova Roma. O povo a apelidou de Cidade das Sete Colinas. No emblema da Istambul de hoje, as colinas estão lá. São sete triângulos.
Mudanças não são privilégio de cidades. Nem de pessoas. Nem de animais. Nem de coisas. Os adeptos da transformação inspiram-se na natureza. Citam o suceder do dia e da noite, das estações do ano, das fases da Lua. Citam, também, o ciclo da vida humana - nascemos, crescemos, morremos. No percurso, quem não andava anda, quem não falava fala, quem tomava só leite passa a comer cereais, carnes, frutas e verduras.
A língua joga no time dos mutantes. Instrumento de comunicação das pessoas, muda conforme mudam os tempos e os falantes. Concordâncias, regências, colocações, significados trocam o passo conforme a música. A grafia não fica atrás. Letras, acentos, hifens, travessões são inconstantes como o coração dos homens. Quer exemplos? Eis sete - o número das colinas que fizeram de Istambul Istambul.
Nomes próprios viram comuns
É o óbvio dos óbvios. Os substantivos próprios se escrevem com inicial grandona - João, Rafael, Maria, Pará, Colônia, Brasil. Às vezes, porém, entram na composição de substantivos comuns. O resultado é um só. Tornam-se vira-latas: joão-de-barro, castanha-do-pará, água-de-colônia, pau-brasil, banho-maria.
Norte, Sul, Leste, Oeste, quando pontos cardeias, são nomes próprios. Mas, se definem direção ou limite geográfico, cessa tudo que a musa antiga canta. As moçoilas põem o rabinho entre as pernas e entram na vala comum: O leste dos Estados Unidos tem grande influência latina. O carro avançava na direção sul. Cruzou o país de norte a sul, de leste a oeste.
Hifens caem
Pé de moleque, mão de obra, tomara que caia, quarto e sala, maria vai com as outras se escreviam com hífen. Veio a reforma ortográfica. Cassou o tracinho que ligava palavras compostas de três ou mais vocábulos unidas por um elo - preposição, conjunção, pronome. Exceções? Duas. A primeira: palavras do reino animal ou vegetal foram poupadas. É o caso de joão-de-barro, cana-de-açúcar, pé-de-milho, bicho-de-pé, pimenta-do-reino, castanha-do-pará. A outra: água-de-colônia, cor-de-rosa, pé-de-meia, arco-da-velha, mais-que-perfeito escaparam da degola.
Tracinhos surgem
Blá-blá-blá, tim-tim, zum-zum & cia. se escreviam coladinhos. A reforma ortográfica os separou. Vocábulos onomatopaicos formados ou não por elementos repetidos agora se grafam com hífen. Assim: lenga-lenga, tique-taque, toque-toque, trouxe-mouxe, quem-quem.
Sinais mudam
O hífen tinha dois papéis bem definidos. Um, vira-lata: ligar o pronome ao verbo (vende-se). O outro, mágico: juntar duas palavras independentes e formar uma terceira, sem parentesco com as originais. Vale o exemplo de beija-flor. Beija é forma do verbo beijar. Flor, o presente colorido que as plantas nos dão. Ligada pelo tracinho, a dupla dá nome ao pássaro que seduz pela leveza e encanto.
O travessão ligava vocábulos sem formar palavras novas (Ponte Rio-Niterói, trecho Brasília-Recife, voo Nova Iorque-Tóquio). A reforma cassou o grandão nesses casos. Agora, só o pequenino tem vez: Ponte Rio-Niterói, trecho Brasília-Recife, voo Nova Iorque-Tóquio.
Acentos somem
O hiatos oo e eem perderam o chapéu. Vôo, corôo, abençôo & cia. viraram voo, coroo, abençoo. Lêem, vêem, crêem, dêem & derivados agora se escrevem leem, veem, creem, deem. Os ditongos abertos éi e ói mandaram o acento sumir das paroxítonas. Em vez de idéia, paranóico e jóia, grafe ideia, paranoico, joia. Acentos diferenciais se foram nas paroxítonas. Doravante, ele para, polo norte e sul, pelo do animal, pera grafam-se sem grampos ou chapéus. Dois diferenciais ficaram pra contar a história: ele pôde e o do verbo pôr.
Alfabeto cresce
"Crescei e multiplicai-vos", ordenou o Senhor. O alfabeto obedeceu. Incorporou três letras. O k, o w e o y, até há pouco penetras na língua, tornaram-se irmãozinhos legítimos das 23 anteriores. O abecedário português passou a ser este: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y,z.
Recado
"Justo quando eu tinha quase todas as respostas, mudaram todas as perguntas."

in: Mari Fuchico

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Campanha "Devolve, Lula"

ELE TINHA QUE LEVAR TUDO!!!!
FOI O ÚLTIMO ROUBO, À VISTA DE TODOS.
ELE NEM LIGA PARA QUE O POVO TODO SAIBA...

                                Meus Amigos,
                               Há poucos dias, divulgou-se que, para efetuar a mudança do ex-presidente Lula e de d. Marisa para São Bernardo do Campo, foram necessários 11 (onze) caminhões. E as notícias que estou aqui repassando, se verídicas, que me perdoem os lulistas, revelam péssima formação pessoal, até para pessoas comuns. Imaginem para um ex-presidente da República...
                                                                           Abraços
 A legislação brasileira e de vários outros países civilizados, determina que os presentes ganhos pelo Presidente da República, no exercício da função, sejam incorporados ao patrimônio público, por serem considerados propriedade do estado.
Lula e sua família, ao deixarem o Palácio da Alvorada, levaram todos os presente recebidos, inclusive uma coleção de joias raras recebida do presidente de Egito, já registradas no acervo da presidência da república.
D. Marisa, a Italiana, disse que as joias eram delas e as colocou na sua bagagem, rumo a São Bernardo do Campo.
Funcionários antigos do Alvorada ficaram horrorizados quando perceberam a falta de diversos objetos de arte e peças de alto valor, tais como estatuetas e a faqueiros.
Durante o rescaudo do grande saque ás instalações palacianas, observou-se que os Silva haviam surrupiado, inclusive, o crucifixo que há décadas adornava a sala de visitas do Presidente da República.
O problema é que aquela imagem do Cristo crucificado é tida como milagrosa e adorada pelos que lá trabalham.
  O pior é que o povo brasileiro, impressionado com o roubo do crucifixo presidencial, sente que o Brasil vem, desde então, sendo castigado por Deus, através de fenômenos da natureza.
O grande número de ciclones ocorridos no sul do pais e, principalmente, a tragédia na região serrana fluminense seriam resultantes da ira divina pela ação dos Silva.
Em vista deste descalabro e por temor da ira divina, foi lançada a campanha de recuperação do patrimônio público nacional:  
                         "Devolve, Lula...!" 
 A Folha de S. Paulo, publicou a informação de que a presidenta Dilma Rousseff, em sua primeira semana de trabalho, retirou o crucifixo da parede de seu gabinete e a bíblia de sua mesa.
Helena Chagas, ministra chefe da Secretaria de Comunicação Social, através de seu twitter, contradisse a informação divulgada pela Folha. Segundo ela, “a presidenta Dilma não tirou o crucifixo da parede de seu gabinete. A peça é do ex-presidente Lula e foi na mudança. Aliás, o crucifixo, que Lula ganhou de um amigo no início do governo, é de origem portuguesa”. Segundo Chagas, a bíblia continua lá, em uma salacontígua, em cima de uma mesa. A mesma informação está em nota da Secom.


Agora, a pergunta que não quer calar...