PARAIBA VOX

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domingo, 31 de julho de 2011

POBREZA NA PARAÍBA

Quatro municípios da Paraíba têm PIB superior ao de João Pessoa, mas vivem na linha de pobreza definida pelo governo
De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, 30% da população de Caaporã, por exemplo, vive em domicílios com renda média per capita inferior a R$ 70, linha de miséria estabelecida pelo governo federal.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que pelo menos quatro municípios da Paraíba têm PIB (Produto Interno Bruto) superior ao da Capital, João Pessoa. O município paraibano com o maior PIB é Cabedelo e o com menor PIB é Seridó, situado na região que dá o nome do município.
A renda per capita dos moradores de Cabedelo é cinco vezes o do cidadão que mora em João Pessoa. O PIB per capita de Cabedelo em 2008 apontava R$ 42.775, enquanto a renda per capita de seus cidadãos, em 2010, aponta R$ 976, conforme os dados disponibilizados pelo IBGE.
Em João Pessoa, o PIB per capita do cidadão, em 2008, era de R$ 11.054, enquanto a renda per capita em 2010 foi de R$ 971. Conforme o IBGE, os bons números não indicam bons indicadores sociais, necessariamente, já que o estudo fala apenas de renda e não de distribuição de renda.
O município de Caaporá fica em segundo lugar na Paraíba quando o assunto é PIB. O PIB de Caaporã foi de R$ 14.368, em 2008, enquanto a renda per capita chegou a R$ 299, em 2010, segundo apontam os dados disponibilizados pelo IBGE.
Essa aparente riqueza, no entanto, não se traduz em bons indicadores sociais.Tal contradição se repete em municípios onde a riqueza é gerada por empreendimentos industriais ou lavouras de exportação que concentram renda e criam relativamente poucos empregos.
De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, 30% da população de Caaporã, por exemplo, vive em domicílios com renda média per capita inferior a R$ 70, linha de miséria estabelecida pelo governo federal.
Veja os números de Boa Vista: o PIB per capita em 2008 foi 12.032 e a renda per capita em 2010 chegou a R$ 349; Conde: R$ 11.575 de PIB per capita em 2008 e renda per capita de R$ 337 em 2010.
Os municípios paraibanos que têm um PIB maior do que o de João Pessoa, concentra grandes empreendimentos industriais, o que explica que o PIB per capita seja elevado. Mas não se reflete, por exemplo, em bons indicadores na educação e saúde.
José Ribeiro, economista e demógrafo da OIT (Organização Internacional do Trabalho), afirma: “É importante desmistificar a ideia dos grandes empreendimentos como agentes exclusivos do desenvolvimento”.
Sheila Zani, responsável pelo cálculo do PIB municipal do IBGE, faz outra ponderação: nem sempre a riqueza gerada é absorvida pela cidade. “Muitos dos empregados mais qualificados moram em grandes centros, onde a é renda absorvida.”
Se não há necessariamente geração de emprego local, algumas dessas cidades ao menos deveriam se beneficiar de arrecadação maior. “Mas a gestão municipal não consegue reverter o montante expressivo de impostos na melhoria das condições de vida”, diz Ribeiro, da OIT.

Marconi

sábado, 30 de julho de 2011

DEBATE HISTÓRICO‏



É justo condenar João Dantas pela morte de João Pessoa e esquecer o motivo?
O jornalista Heron Cid faz uma análise dos fatos em sua nova coluna

Por mais que as emoções, e o desfecho trágico dos fatos, nos levem a condenar veementemente a atitude vil de João Dantas de tirar a vida do presidente João Pessoa por vingança, fica um questionamento: seria justo apenas condenar o assassino, esquecendo o que motivou o crime e que foi seu responsável?
Analisando essa questão, o jornalista Heron Cid publicou em sua coluna desta terça-feira (26) uma análise dos fatos, rememorando as cenas e circunstâncias que culminaram no crime que mudou a história do país.
O colunista comparou a atitude dos dois personagens principais “Se Dantas entrou para a história pelo gesto frio e imperdoável do assassinato do seu inimigo, João Pessoa maculou sua trajetória com um gesto próprio dos covardes. Dois maus exemplos: um no campo da consciência privada e outro na vida pública.”
Legados de covardia
Heron Cid é jornalista graduado pela UFPB. Filho de Marizópolis, no Sertão da Paraíba, começou na Rádio Jornal AM, em Sousa, foi repórter de política do Correio Debate (Correio Sat), apresentador dos programas Jornal da Correio e Correio Verdade, da TV Correio. Atualmente é um dos apresentadores do Correio Debate (Correio Sat), comentarista do quadro Pingo Quente, da TV Correio, colunista político do Jornal Correio da Paraíba e fundador e diretor geral do Portal MaisPB. heroncid@maispb.com.br
O ato repulsivo do advogado João Dantas, que fez do ex-presidente João Pessoa um mártir da história política paraibana, deve ser sempre repudiado. Não é com revólver em punho ou utilizando do arroubo físico que se recupera a honra vilipendiada.
João Dantas errou. Sujou as mãos e sua biografia de sangue. Mas a história mostra que o propulsor da Revolução de 30 também enveredou pela obscuridade, embora essa mesma história privilegie a versão épica de João Pessoa.
Nas homenagens pela morte do ex-presidente da Paraíba, em memória de seu nome e contribuição ao Estado, não se pode, porém, fazer vista grossa ao deslize grosseiro cometido por um homem que chegou ser candidato a vice-presidente.
Obstinado pelo objetivo de desmoralizar de qualquer forma um adversário e desafeto político, João Pessoa, responsável por rupturas no modelo de governo da época, utilizou a força de seu próprio Governo para fins pessoais e nada republicanos.
Relatos históricos apontam a responsabilidade do então presidente pela operação policial que invadiu o escritório particular de João Dantas, recolheu documentos comprometedores da vida privada do advogado e sua amante, Anayde Beiriz, e escancarou as intimidades do casal na imprensa oficial.
Se Dantas entrou para a história pelo gesto frio e imperdoável do assassinato do seu inimigo, João Pessoa maculou sua trajetória com um gesto próprio dos covardes. Dois maus exemplos: um no campo da consciência privada e outro na vida pública.
Sucessão… – O manifesto público do poeta Ronaldo Cunha Lima era um sinal de forte valor simbólico esperado pelo deputado Romero Rodrigues (PSDB).

Paraíba Hoje

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Caminhos do Frio 2011


A programação oferece shows que prometem esquentar o clima da cidade
A 6ª edição do 'Caminhos do Frio' começa oficialmente nesta segunda-feira, 25, com espetáculos para todos os todos os gostos na cidade de Bananeiras. A programação oferece shows que prometem esquentar o clima da cidade com a Orquestra Sinfônica da Paraíba, Camerata Arte Mulher, Diana Miranda, entre outros.
Segundo a gestora do Projeto de Turismo do Sebrae Paraíba, Regina Amorim, mesmo com o adiamento da abertura oficial da Rota, por causa das chuvas constantes que inviabilizou alguns acessos à Região, esta será a melhor programação que o Caminhos do Frio já teve ao longo dos seis anos.
O secretário de Cultura do Estado, Chico César, declara que o Governo reconhece e apóia o Caminhos do Frio enquanto importante espaço de visibilidade e reconhecimento da produção cultural paraibana.
"É um momento de celebração da cultura em seu conceito amplo, onde os paraibanos se reconhecem em suas artes e nos costumes típicos do Brejo. É também uma oportunidade dos visitantes celebrarem nossa cultura saboreando a gastronomia brejeira, as belezas naturais da região e os costumes do nosso povo", defende Chico.
Música como atrativo
Já a secretária de Turismo do município, Ana Gondim, afirma que dentro da programação do 'Aventura e Arte na Serra' de Bananeiras, a música tem se destacado pelo alto nível dos grupos que se apresentam. "Também oferecemos excelentes espetáculos de teatro, de dança e cultura popular, além do Festival Gastronômico, exposição fotográfica, mostra de cinema e várias oficinas culturais", comenta.
O evento na cidade também conta com uma vasta programação turística. Quem passar por Bananeiras no período do Caminhos do Frio poderá participar de cavalgadas e trilhas ecológicas, tudo isso, levando em conta que o frio e o patrimônio histórico e ambiental tem feito a diferença no desenvolvimento do turismo dessa Região.
Outros municípios
O segundo município que receberá a rota 2011 é Serraria, de 01 a 07 de agosto. Já o terceiro será Pilões, de 08 a 14 de agosto, seguido por Alagoa Nova, 15 a 21 de agosto. Este ano o Caminhos do Frio encerra a grade de atrações em Areia, de 29 de agosto a 04 de setembro, que teve sua programação cancelada por conta das chuvas.
Para consultar a programação completa do 'Caminhos do Frio 2011' e acompanhar as últimas notícias do evento basta acessar o endereço www.caminhosdofrio.com. No espaço o visitante pode ver, além da programação, informações úteis sobre distâncias da capital até as cidades, hospedagem e história dos municípios.
O roteiro 'Caminhos do Frio' é uma realização do Fórum de Desenvolvimento Turístico Sustentável do Brejo Paraibano e prefeituras municipais, tendo como parceiros o Sebrae Paraíba, Governo do Estado, UFPB, UEPB, entre outras entidades.
Como chegar
Em virtude das chuvas, o melhor caminho para se chegar a Bananeiras é ir por Mamanguape. O município tem boas estradas e sinalização indicando todo o percurso que passa por Guarabira e Araçagi até chegar na cidade de Bananeiras.

Noticias da Paraíba

domingo, 24 de julho de 2011

Por que a Igreja não os quer como santos

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PADRE DEHON
Acusado de antissemita, sua beatificação foi suspensa meses antes da cerimônia…
Conheça as histórias de dois religiosos que o Vaticano desistiu de canonizar por causa de suas biografias…
Padre da diocese de Soissons, na França, João Leão Dehon (1843-1925) ficou famoso por fundar a Congregação Sagrado Coração de Jesus e imprimir um viés sociopolítico à sua atuação religiosa. Não demorou para que, após a sua morte, a comunidade francesa abrisse um processo de canonização em nome do religioso. Mas, pouco antes da data marcada para a cerimônia de beatificação, um passo antes da santificação, o Vaticano surpreendeu ao interromper os trâmites. Motivo: Dehon foi acusado de antissemita. “Não existe santo perfeito”, afirma o sacerdote e pesquisador de comunicação religiosa José Fernandes de Oliveira no livro “João Leão Dehon – o Profeta do Verbo Ir” (Paulinas Editora), que chega às bancas na próxima semana.
A perfeição não é um dos pré-requisitos para a conquista da santidade, mas alguns desvios de currículo são fatais para impedir a ascensão aos altares – e a intolerância aos judeus no século XX, definitivamente, é um deles. Por isso a suspensão da beatificação de Dehon. Em contrapartida, frear uma canonização é um ato raríssimo de acontecer, pois o Vaticano breca o processo antes mesmo que ele comece, ao menor sinal de problemas com o postulante. Mesmo assim, há outros candidatos a santo vagando no mesmo limbo onde se encontra Dehon. Como a freira concepcionista espanhola Maria de Jesus de Ágreda (1602-1665), que assumiu ter o dom da bilocação (estar em dois lugares ao mesmo tempo). Em 1635, a Santa Inquisição abriu uma investigação contra a religiosa, que confirmou ter se deslocado 500 vezes entre a Espanha e o Novo México para evangelizar tribos de índios, sem nunca ter saído de seu mosteiro. Amiga e conselheira do rei Felipe IV, Ágreda foi absolvida. Foi, porém, um de seus livros, “Mística Cidade de Deus”, em que a religiosa relata a vida de Nossa Senhora, que gerou um conflito em torno de sua trajetória à beatificação. Em uma das passagens, é atribuído a Nossa Senhora – e não a Pedro – o governo da Igreja.
A leitura da obra foi proibida pela Inquisição em agosto de 1681. O decreto foi abolido pelo papa Inocêncio XI três meses depois. O incidente, porém, tornou a sua causa apostólica um vespeiro. Dois papas – Clemente XIV e Pio XII – chegaram a assinar um documento promulgando o “decreto de perpétuo silêncio” sobre a causa da concepcionista. Nenhuma mulher recebeu tratamento tão duro em sua caminhada rumo à santidade. Atualmente, o corpo da religiosa está exposto no Convento de Ágreda, na Espanha. Está intacto, o que evidencia um sinal de santidade. Mas ninguém se arrisca a reabilitar a sua causa. “Com a beatificação da freira e vidente alemã Anna Catarina Emmerich e a canonização da mística polaca Fautina (Kowalska), feitas por João Paulo II, religiosos se movimentaram para pedir uma revisão das obras de Maria de Ágreda”, diz o cônego Celso Pedro da Silva, especialista em Sagrada Escritura.
Os dehonianos também aguardam uma reviravolta na causa do padre francês tachado de antissemita. A prudência em torno do caso Dehon falou mais alto em Roma porque bispos da França relataram a Bento XVI que o diálogo entre os sacerdotes e a comunidade judaica, naquele país, estava prejudicado com a iminência da beatificação do fundador da Congregação. “A doutrina da Igreja, hoje, manda citar os fatos e poupar as pessoas”, diz o padre Oliveira. Mas, em fevereiro de 1897, ao levantar a voz contra os capitalistas da França, o anarquismo de Pierre Proudhon e o socialismo de Karl Marx em uma conferência que tratava sobre o judaísmo, o capitalismo e a usura, Dehon bateu forte nos judeus e nas relações deles com a economia. “A usura voraz, os abusos da indústria, a facção que domina todas as fontes de riqueza: estas são as grandes obras dos judeus modernos”, disse ele. Generalizou e, 108 anos depois, pagou o preço da ousadia.
O francês, porém, não pode ser acusado de orquestrar o ódio antissemita. Sociólogo, filósofo, teólogo e advogado, ele pensava a Igreja sob a ótica do engajamento sociopolítico. E o fazia em uma época em que, para muitos católicos, justiça social era engordar a esmola aos necessitados. Na fatídica conferência, Dehon desfilou uma série de gestos de bondade e respeito em relação aos judeus, reforçando o quanto eles foram injustiçados. Não propunha que nenhum povo fosse lançado à câmara de gás. Enfrentava grupos econômicos que manipulavam o dinheiro em uma Europa que se industrializava, massacrava gente humilde e se desumanizava. E entre eles estavam os judeus. Dehon ainda permanece no estágio de venerável, assim como a madre espanhola Ágreda. Para seus milhares de fiéis, eles já alçaram a santidade.

Marconi

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Convocação Nacional - FAÇA A SUA PARTE OU CONTINUE RECLAMANDO .....‏

Faça o mesmo!!!
Ou a gente se organiza ou vamos acabar pedindo esmola!!!  Está muito fácil pro governo roubar...  não tem oposição, não tem OAB, não tem UNE, não tem sindicatos, não tem mais SUPREMO...
Já que estão praticamente todos “envolvidos” com o governo, vamos ter que fazer a nossa parte!!!
Leia, repasse e movimente seus amigos e conhecidos para fazer o mesmo!


CONVOCAÇÃO 
O POVO BRASILEIRO ESTÁ CONVOCADO PARA A GRANDE MANIFESTAÇÃO DE 
PARALISAÇÃO
DIA 1º DE AGOSTO DE 2011, SEGUNDA-FEIRA
SEGUINDO O EXEMPLO DO POVO ÁRABE, QUE SE CANSOU DO GOVERNO, OS BRASILEIROS NÃO PODEM MAIS SUPORTAR / ACEITAR QUE SEUS GOVERNANTES FAÇAM DESTE PAÍS UM NEGÓCIO DE ENRIQUECIMENTO PRÓPRIO E NOS DEIXEM AO DESCASO DA IRRESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS.
PRESTEM ATENÇÃO:

- auxílio-reclusão = média de R$ 586,51;
- salário-mínimo = relutantemente R$ 545,00;
- custo médio do presidiário em MG = R$ 1,7 mil;
- custo médio do estudante de Ensino Fundamental e Médio em MG = R$ 149,05.
É O "PAÍS DO TUDO PODE"!
REFORMA POLÍTICA JÁ: redução do número de senadores, deputados fed/est e vereadores!!
REFORMA JUDICIÁRIA JÁ !!
REFORMA TRIBUTÁRIA JÁ !!

SOMENTE DESSA FORMA, FICAREMOS COMPETITIVOS COM O MUNDO AÍ FORA (CHINA ETC.).

JÁ NÃO TEREMOS AS REFORMAS NOS AEROPORTOS E ESTÁDIOS DE QUE PRECISARÍAMOS - A COPA E AS OLIMPÍADAS ESTÃO SE APROXIMANDO, E POUCA COISA NOS FICARÁ COMO ESTRUTURA. SERÃO DADOS ''JEITINHOS'', E PAGAREMOS ALTO, TENHA CERTEZA!

CARAS-PINTADAS EM AÇÃO: OS POLÍTICOS PRECISAM ESTAR SOB O NOSSO CONTROLE, SEREM NOSSOS FUNCIONÁRIOS, NOSSOS REAIS REPRESENTANTES.

NÃO À IMUNIDADE PARLAMENTAR!
NÃO À CORRUPÇÃO!
NÃO À POUCA VERGONHA PÚBLICA! 

O BRASIL PRECISA MUDAR E VOCÊ PRECISA ESTAR CONOSCO. SOMENTE UNIDOS, IREMOS MUDAR O NOSSO PAÍS. 

NOSSO POVO ESTÁ MORRENDO NAS FILAS DOS HOSPITAIS PÚBLICOS, AMBULÂNCIAS E EQUIPAMENTOS COMPRADOS JÁ DERAM A ALGUM POLÍTICO OU AUTORIDADE SUA COMISSÃO, NO ENTANTO ESTÃO PARADOS, ESTRAGANDO-SE, POIS NÃO DARÃO MAIS LUCRO, SOMENTE DESPESAS. CONTRATAÇÃO DE PESSOAL E ATENDIMENTO DA POPULAÇÃO NÃO ERAM OS SEUS PENSAMENTOS.

REFORMA PRISIONAL JÁ !!
SOMENTE NO BRASIL, EXISTE TANTO BENEFÍCIO PARA QUEM ESTÁ PRESO. ESTRUTURA PARA RECUPERAÇÃO DO PRESO AO INVÉS DE VISITAS ÍNTIMAS E OUTRAS FACILIDADES! 

MOVIMENTE-SE, CRIE GRUPOS DE DIÁLOGOS, UNA-SE A OUTROS GRUPOS E ENTIDADES, PROCURE A COMUNIDADE, SUA ASSOCIAÇÃO DE BAIRRO, SEUS AMIGOS, A IMPRENSA E EMPRESÁRIOS.

SOMOS UM POVO PACÍFICO, SIM, E NÃO PRECISAMOS DA VIOLÊNCIA PARA FAZER VALER OS NOSSOS DIREITOS, MAS NÃO PODEMOS FICAR DE BRAÇOS CRUZADOS ESPERANDO ESSA CORJA DE POLÍTICOS CORRUPTOS E FORMADOS PELOS SEUS PRÓPRIOS INTERESSES SE INTERESSAREM POR NÓS. PRECISAMOS AGIR E MOSTRAR QUE NÓS OS ELEGEMOS E QUE É POR NÓS QUE ELES ESTÃO NO GOVERNO E QUE, POR MENOR QUE SEJA O DESLIZE, NÓS TEMOS O DIREITO DE CAÇAR O SEU MANDATO.
PRECISAMOS DE UMA POLÍTICA LIMPA, DE CARÁTER E SERIEDADE.
FORTALECER OS PODERES LOCAIS, COMUNIDADES E BAIRROS NO CONTROLE DE SUAS FINANÇAS E PRIORIDADES, COMO NOS EUA.

O BRASIL TEM-SE MOSTRADO UM PAÍS RICO - RICO EM PETRÓLEO, MINERAIS, TURISMO, CULTURA ETC. AGORA PRECISA APRENDER A DIVIDIR ESSA RIQUEZA COM SEU POVO, ATRAVÉS DE UMA MELHOR EDUCAÇÃO, SAÚDE PÚBLICA, SEGURANÇA E ESTRUTURA INDUSTRIAL E PRODUTIVA, PARA QUE ASSIM POSSAMOS TER UM PAÍS JUSTO E FORTE.

PROGRAME-SE, SEGUNDA FEIRA, 
DIA 1º DE AGOSTO, TODO O BRASIL NAS RUAS, PROTESTANDO E EXIGINDO MUDANÇAS, OU NUNCA SEREMOS LEVADOS A SÉRIO E FICAREMOS SEMPRE NO TERCEIRO MUNDO. E OS POLÍTICOS CONTINUARÃO SE ENRIQUECENDO E DESFRUTANDO OS BENEFÍCIOS DA VIDA PÚBLICA CORRUPTA.
OS MINISTROS DO STF E DO STJ NÃO DEVERÃO MAIS SER NOMEADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. DEVERÃO SER NOMEADOS POR UM COLEGIADO DE MAGISTRADOS, LEVANDO EM CONTA SUA NOTORIEDADE, CONHECIMENTO JURÍDICO E, SOBRETUDO, SUAHONESTIDADE.

CHEGA, EU NÃO SOU CÚMPLICE DISSO....!!

PODEMOS EXIGIR MUDANÇAS, FAÇA A SUA PARTE !!!!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Serra tem certeza que Lula será o candidato do governo em 2014


Ao esboçar seus planos para 2014, o tucano José Serra faz apostas que destoam da média das opiniões disponíveis.

Para Serra, o antagonista do PSDB na próxima sucessão presidencial será Lula, não Dilma Rousseff.

Decidido a disputar pela terceira vez, Serra desdenha também da tese segundo a qual Aécio Neves tornou-se a bola da vez do tucanato.

Em privado, Serra acalenta a expectativa de que Aécio não se animará a medir forças com o PT se o oponente for Lula.

Algo que não ocorre com ele. Entre quatro paredes, Serra declara que tudo o que deseja é um novo confronto eleitoral com Lula.

Nos dois embates anteriores, levou a pior. Em 2002, perdeu para o próprio Lula. Em 2010, foi batido pela candidata de Lula, uma Dilma novata em urnas.

Serra acredita que o PSDB não terá como desprezar os 43,7 milhões de votos que ele obteve no ano passado.

Avalia que Dilma não será candidata à reeleição por duas razões: 1) Diz que, embora negue, Lula quer voltar. 2) Declara que a gestão Dilma resultará em fracasso.

Na opinião de Serra, os primeiros seis meses de Dilma foram marcados pelo desperdício de tempo.

Acha que, rendida por uma herança que não pode denunciar e sitiada por interesses partidários subalternos, Dilma absteve-se de tratar do essencial.

Não cuidou da reforma tributária. Elevou os juros em vez de rebaixá-los. E não desarmou a armadilha da sobrevalorização do Real.

Enxerga o recrudescimento do que chama de "desindustrialização". E vaticina: as baixas taxas de investimento público agravarão os gargalos da infraestrutura.

Por todas essas razões, Serra defende internamente que a oposição escale sobre Dilma, adotando, desde logo, um discurso mais incisivo.

Contra a vontade de Serra conspiram os fatos. Formou-se dentro do PSDB uma densa maioria pró-Aécio.

Na eleição de 2010, além de empurrar para dentro de sua biografia uma segunda derrota presidencial, Serra colecionou desafetos.

Aécio cavalga essa insatisfação. Dono de um mandato de oito anos no Senado, não teria, em tese, razões para fugir das urnas em 2014.

Ainda que o rival seja Lula, Aécio tem pouco a perder. Na pior hipótese, leva a cara à TV, enverniza a imagem para embates futuros e retorna ao Senado.

Para o grosso da cúpula do PSDB, Serra precisa concentrar-se em 2012, não em 2014. O partido quer saber dele se vai ou não disputar a prefeitura de São Paulo.


Com a devida venia a Folha de São Paulo

terça-feira, 19 de julho de 2011

HACKERS!...PARABÉNS !

Queridos Hackers, que invadiram os sites do "governo", parabéns! Na esperança que um de vocês leia meu blog, torço para que não apenas acessem, mas divulguem para o Brasil e o mundo as falcatruas, tráficos de influência, obras superfaturadas, enfim, divulguem e façam uma campanha contra o maior esquema de corrupção jamais visto neste país!Pode ser o começo de uma reação à essa quadrilha, que mantém o povo alienado com bolsas-anestesias, e saqueiam esta nação com uma avidez despreocupada com punições!Não passa uma semana, sem que surjam escândalos ligados ao "partido da ética e da moralidade na política!"... Trinta e oito ministérios, para "empregar" os capangas ,que, ou perderam eleições, ou precisam de uma "boquinha...Denunciem a cooptação de todos os poderes, a evidente falta de governabilidade, com o palanqueiro Lula mantendo na verdade, um governo paralelo!Não esmoreçam! Enviem denúncias para o Tribunal de Haya, sobre os constantes assassinatos de líderes rurais; o abandono das populações indígenas...Enfim, vocês sabem melhor do que eu, o caminho da sagrada indignação a ser tomado!Convoquem marchas de protesto em todo o país!... Vocês possuem o domínio de uma tecnologia que pode arrancar o povo e os poucos intelectuais honestos, de uma letargia que termina por ser cúmplice da roubalheira generalizada!

Estamos juntos !


Carlos Verezza (Ator da Rede Globo de Televisão)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

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Ariano Villar Suassuna. 15167.jpegEste artigo é um presente para o maior dramaturgo vivo do Brasil. O autor da renomada peça de teatro intitulada "Auto da Compadecida", nasceu na Capital do Estado da Paraíba, em 16 de junho de 1927, exatamente no quarto do Palácio da Redenção, sede do Governo estadual, o qual foi construído em 1586 pelos primeiros missionários a chegarem à Paraíba, os jesuítas. Ariano Villar Suassuna é filho de Rita de Cássia Dantas Villar e João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna.

Em 1947, escreveu sua primeira peça de teatro, "Uma Mulher Vestida de Sol". Ariano Suassuna, aos 84 anos, não só escreve peças de teatro como "O Santo e a Porca", (1957) e "Farsa da boa preguiça", (1960); romances como "A História de Amor de Romeu e Julieta", (1997), mas escreve também poesias.

O próprio poeta paraibano em uma entrevista ao Programa do Jô, na Rede Globo, enfatizou: "Eu sou mais conhecido como dramaturgo. Principalmente porque o Auto da Compadecida foi para a televisão. E a televisão é muito vista. Sou menos conhecido como romancista. Mas sou inteiramente desconhecido como poeta. No entanto, eu considero a minha poesia, a fonte profunda de tudo que eu escrevo, inclusive o romance e o teatro".

Ariano Suassuna é acadêmico da Academia Brasileira de Letras (1990), da Academia Pernambucana de Letras (1993) e da Academia Paraibana de Letras (2000). Então, lá, na Rua Duque de Caxias, número 25, no Centro da terceira cidade mais antiga do Brasil, encontra-se a Academia rubro-negra e a famosa cadeira número 35. Na biblioteca podemos ler os imortais romances "A História de amor de Fernando e Isaura" e "História d'O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão: Ao Sol da Onça Caetana", (1976), e o livro intitulado "Seleta em Prosa e Verso", (1974), ambos publicados pela José Olympio Editora. Além do histórico Discurso de Posse de Ariano Villar Suassuna em nove de outubro de 2000 e da coleção denominada Nomes do Século, Paraíba, número 36, Ariano Suassuna, da Editora A União.

Ariano Villar Suassuna escreveu os seguintes livros de poesia: O Pasto Incendiado, (1945-1955); Ode, (1955); Vida-Nova Brasileira (1970); Sonetos com Mote Alheio, (1980); Sonetos de Albano Cervonegro, (1985); Poemas (antologia), (1999). Entre tantas poesias, destaco que, em sete de outubro de 1945, aos 18 anos de idade, publica o poema intitulado "NOTURNO" no suplemento literário do Jornal do Commercio:
  
NOTURNO

Têm para mim Chamados de outro mundo
as Noites perigosas e queimadas,
quando a Lua aparece mais vermelha.
São turvos sonhos, Mágoas proibidas,
são Ouropéis antigos e fantasmas
que, nesse Mundo vivo e mais ardente,
consumam tudo o que desejo Aqui.

Será que mais Alguém os vê e escuta?

Sinto o roçar das asas Amarelas
e escuto essas Canções encantatórias
que tento, em vão, de mim desapossar.

Diluídos na velha Luz da lua,
a Quem dirigem seus terríveis cantos?

Pressinto um murmuroso esvoejar:
passaram-me por cima da cabeça
e, como um Halo escuso, te envolveram.
Eis-te no fogo, como um Fruto ardente,
a ventania me agitando em torno
esse cheiro que sai de teus cabelos.

Que vale a natureza sem teus Olhos,
ó Aquela por quem meu Sangue pulsa?

Da terra sai um cheiro bom de vida
e nossos pés a Ela estão ligados.
Deixa que teu cabelo, solto ao vento,
abrase fundamente as minhas mãos...

Mas, não: a luz Escura inda te envolve,
o vento encrespa as Águas dos dois rios
e continua a ronda, o Som do fogo.

Ó meu amor, por que te ligo à Morte?

Algumas obras de Suassuna foram traduzidas para o inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, polonês e holandês. Segundo o próprio Ariano Villar Suassuna, "Como poeta sou anônimo, casual, trágico, inconsequente e também fruto e produto do casamento entre a urbanidade e a melancolia...". O poeta paraibano Ariano Villar Suassuna considerou que a poesia significa criação: "A poesia seria o espírito criador que se encontra por trás de todas as artes literárias, sejam estas realizadas através da prosa ou do verso". Para Suassuna a poesia é "o ritmo e a imagem, principalmente a metáfora". Destaco um poema intitulado "A MORTE - O Sol do Terrível" com tema de Renato Carneiro Campos:
  
A MORTE - O Sol do Terrível

Mas eu enfrentei o Sol divino,
o Olhar sagrado em que a Pantera arde.
Saberei porque a teia do Destino
não houve quem cortasse ou desatasse.

Não serei orgulhoso nem covarde,
que o sangue se rebela ao toque e ao Sino.
Verei feita em topázio a luz da Tarde,
pedra do Sono e cetro do Assassino.

Ela virá, Mulher, afiando as asas,
com os dentes de cristal, feitos de brasas,
e há de sagrar-me a vista do Gavião.

Mas sei, também, que só assim verei
a Coroa da Chama e Deus, meu Rei,
assentado em seu trono do Sertão.

Ariano Villar Suassuna, aos 84 anos, não é vegetariano nem gosta de cafezinho, não fuma, não come fast food, come carne, leite e queijo de cabra e, sobretudo, não compra o lixo cultural oriundo dos Estados Unidos. De acordo com o sempre bem-humorado Ariano Suassuna, "Não troco o meu "oxente" pelo "ok" de ninguém!". Ele gosta mesmo é de coco, de xaxado, do Quinteto Armorial e do Quinteto Violado! Na sétima edição do Bancarte, em 28 de abril de 2011, na Capital paraibana, o próprio Ariano Suassuna disse: "As pessoas pensam que eu sou contra a cultura universal e eu seria um ingrato porque devo muito a Cervantes, Tosltói e Dostoiévski. O que eu bato é contra a uniformização da cultura do gosto médio, da ditadura do consumo e do gosto que nos quer impor como modelo".

Ariano Suassuna é muito engraçado, quase um palhaço sertanejo! Você vai morrer de rir ouvindo da sua voz rouca em sua aula espetáculo. Em Belém do Pará, Ariano revelou: "Um dia, lá no Recife, uma mulher que não gostava de mim, perguntou, já com a resposta pronta: - De que signo você é? Respondi que sou do signo de gêmeos. E ela disse: - Você sabe que as pessoas que nascem sob o signo de gêmeos têm duas caras? Eu disse: - Oxe, a senhora acha que se eu tivesse duas caras, teria o mau gosto de usar essa?".

Ariano Suassuna é formado em Direito (1950) e Filosofia (1964) pela Faculdade de Direito do Recife. Concluiu o Doutorado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1976. Foi professor da UFPE por 32 anos, onde ensinou Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e História da Cultura Brasileira. Desde 1994 é professor universitário aposentado.
Ariano Suassuna para muitos é o Dom Quixote do Sertão; Para outros, o Imperador da Pedra do Reino. Para poucos, o verdadeiro Chicó. Para mim, o Shakespeare do Brasil, porque ambos começam o último nome com a letra S e no meio do famoso sobrenome também tem a letra s; e, sobretudo, são mestres no jogo das palavras, nos sonetos e na cultura popular; e, possuem uma vasta e rica bibliografia. Suassuna é o gênio do povo brasileiro! O paraibano Ariano Villar Suassuna escreveu artigos, ensaios, poesias, romances e peças cômicas e trágicas sobre o povo nordestino.
Para muitos, a mais destacada obra de Ariano, devido à minissérie na Rede Globo em 1999 e o filme em 2000 de Guel Arraes, é o "Auto da Compadecida", (1955), onde dois personagens, um esperto outro mentiroso, João Grilo (interpretado por Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello) conquistaram com muito riso o público brasileiro.
Para outros, é o "Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta", (1971), porque em junho de 2007, a Rede Globo transmitiu a microsérie "A Pedra do Reino", de Luiz Fernando Carvalho, baseada na célebre obra de Suassuna, em homenagem aos seus 80 anos de idade. O personagem Dom Pedro Dinis Ferreira Quaderna (interpretado por Irandhir Santos) é um fantástico e enigmático bibliotecário. A bela e talentosa atriz paraibana Mayana Neiva interpretou dois personagens, inicialmente a sensual Heliana Swendson, e depois, a Moça Caetana, em cenas filmadas,em Taperoá, na Paraíba.
Em Taperoá, localizado na microrregião do Cariri Ocidental, na mesorregião da Borborema, está o grande palco inspirador das suas peças de teatro, romances e poesias. São homens e mulheres que lutam pela sobrevivência em plena seca, que sofrem com a miséria e a pobreza, e que, diariamente, o Sol do Nordeste aquecem os sonhos de uma vida melhor antes da morte - Moça Caetana - chegar e degolar. Entre vários sonetos iluminogravados de Ariano Suassuna, destaco um soneto intitulado "A MOÇA CAETANA - A Morte Sertaneja" com tema de Deborah Brennand:
A MOÇA CAETANA - A Morte Sertaneja

Eu vi a Morte, a moça Caetana,
com o Manto negro, rubro e amarelo.
Vi o inocente olhar, puro e perverso,
e os dentes de Coral da desumana.

Eu vi o Estrago, o bote, o ardor cruel,
os peitos fascinantes e esquisitos.
Na mão direita, a Cobra cascavel,
E na esquerda a Coral, rubi maldito.

Na fronte, uma coroa e o Gavião.
Nas espáduas, as Asas deslumbrantes
que, ruflando nas pedras do Sertão,

pairavam sobre Urtigas causticantes,
caules de prata, espinhos estrelados
e os cachos do meu Sangue iluminado.

Suassuna, taperoaense por alma, acadêmico da Academia Taperoense de Letras, grande Gavião Sertanejo, em outra entrevista à Rede Globo enfatizou: "A literatura é uma forma de protestar contra a morte. Na minha visão, a literatura e a arte em modo geral é uma forma precária, mas ainda assim poderosa de afirmar a imortalidade. Na minha visão também, o homem não nasceu para a morte, o homem nasceu para a vida, para a imortalidade".
Acredito,que uma das coisas que Suassuna mais gosta na vida é de ler, pois desde criança, adora ler e reler livros. Acredito, que outra coisa,é escrever poesias!
Em outra entrevista, agora para o cineasta paraibano Marcus Vilar, Ariano Villar Suassuna destacou: "Uma nação que não respeita a sua língua e nem respeita a sua cultura e nem se respeita a si próprio, perde a sua identidade e pode perder até sua independência. Coisa muito importante à cultura e é o primeiro bem cultural com o qual a gente entra em contato quando nasce é a língua". Ariano Suassuna, ao lado do escritor pernambucano Hermilo Borba Filho, foi um dos fundadores do Teatro do Estudante de Pernambuco (TEP), em 1946, e do Teatro Popular do Nordeste (TPN), em 1959. Escutem, pra mim, viu, o Suassuna é o Shakespeare do Brasil!
Em 1611, 400 anos atrás, William Shakespeare escreveu: "Somos feitos da mesma substância dos sonhos". Em 1971, 360 anos depois, Ariano Suassuna escreveu: "Nós somos prisioneiros dos sonhos".
O poeta paraibano Ariano Villar Suassuna mora em Recife, Capital do Estado de Pernambuco, desde 1942. Ele é apaixonado pela cultura pernambucana, pela alegria dos pernambucanos com o seu frevo, com o seu maracatu rural, com o seu forró, com os seus cordéis e com o seu rico artesanato. Em 1993 foi convidado pelo então Governador Miguel Arraes para assumir a Secretaria de Cultura de Pernambuco. O ex-secretário de Cultura e atual assessor especial do Governador Eduardo Campos é o maior defensor da cultura popular. Na terra do Rei do Baião, Suassuna é pernambucano de coração, rubro-negro e socialista do Rio Capibaribe que transporta os barcos da esperança por um mundo melhor. Mas a grande paixão de Ariano é a sua esposa Zélia de Andrade Lima Suassuna, pernambucana nascida em Recife, e para ela escreveu uma Ode intitulada "A ZÉLIA". O casal tem seis filhos (Joaquim, Maria, Manoel, Isabel, Mariana e Ana Rita) e treze netos. Para Ariano Suassuna o melhor lugar do mundo é a sua casa em Casa Forte e o amor da sua vida é Zélia Suassuna. Ariano aos 20 anos se apaixonou por Zélia com 16 anos na Rua Nova e foi amor à primeira vista: "É um amor que até hoje não acabou, e nem vai acabar, nunca! É amor para o resto da vida!".
Em sua aula espetáculo no SESC Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, em 30 de abril de 2011, Ariano Suassuna revelou: "Meu pai governou a Paraíba de 1924 a 1928. E eu nasci no Palácio do Governo. Porque eu sou de 1927. Aí, um dia, eu fui, já em mil e novecentos e sessenta e tanto, não, não, foi depois (...). Aí, eu fui ao Palácio do Governo da Paraíba. Aí, uma guarda me barrou: O senhor não pode entrar não! Eu disse: Por quê? Ele disse: Porque está sem gravata. Pois veja como são as coisas, essa a segunda vez que estou entrando aqui, e na primeira entrei nu, e ninguém reclamando, e agora por uma simples gravata, você não quer deixar entrar. Ele ficou espantado olhando para mim. Enfim, me deixaram entrar".

No Palácio da Redação, antes de chegar ao seu histórico quarto, existe um corredor com a Galeria dos ex-Governadores do Estado da Paraíba. Entre as pinturas em tela com imagens dos ilustres ex-Governadores, destaco João Suassuna, Presidente do Estado da Paraíba entre 22 de outubro de 1924 e 22 de outubro de 1928, o que atualmente corresponde a Governador. Ariano Villar Suassuna é o oitavo e último filho homem de nove filhos (João Suassuna Filho, Saulo, Lucas, Selma, Marcos, Beta, Magda, Ariano e Germana) do casal João Suassuna e Rita Villar. Ariano Villar Suassuna aos três anos de idade ficou órfão com a morte do seu pai, assassinado no Rio de Janeiro (antiga e segunda capital do Brasil) aos 44 anos. Ressalto o poema de 1980, denominado "A ACAUHAN - A MALHADA DA ONÇA" com mote de Janice Japiassu e dedicado ao seu amado pai, João Suassuna:
  
A ACAUHAN - A MALHADA DA ONÇA

Aqui morava um Rei, quando eu menino:
vestia ouro e Castanho no gibão.
Pedra da sorte sobre o meu Destino,
Pulsava, junto ao meu, seu Coração.

Para mim, seu Cantar era divino,
Quando, ao som da Viola e do bordão,
cantava com voz rouca o Desatino
o Sangue, o riso e as mortes do Sertão.

Mas mataram meu Pai. Desde esse dia,
eu me vi, como um Cego, sem meu Guia,
que se foi para o Sol, transfigurado.

Sua Efígie me queima. Eu sou a Presa,
Ele, a Brasa que impele ao Fogo, acesa,
Espada de ouro em Pasto ensanguentado.

Em 1921, quando Presidente do Estado, o catoleense João Suassuna através da Imprensa Oficial da Paraíba mandou editar a obra-prima do romancista paraibano José Américo de Almeida, "A Bagaceira". O renomado areiense José Américo de Almeida foi Governador da Paraíba de 31 de janeiro de 1951 a 31 de janeiro de 1956.

Entre imagens dos ex-Governadores falecidos da Paraíba no Palácio da Redenção, destaco também o Governador Antônio Mariz, que governou o Estado de 01 de janeiro de 1995 a 16 de setembro de 1996, quando morreu de câncer de pulmão, o qual tive a honra de conhecer ao lado meu querido pai, o Professor Paulo Galvão, na sede da Associação Paraibana de Imprensa. Nos meses em que governou a Paraíba, o pessoense Mariz substituiu o piso do Palácio da Redenção, localizado na Praça João Pessoa, s/n, Centro, alegando que era composto de imagens da cruz suástica (cruz curva preta), símbolo do antigo Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães ou Partido Nazista e liderado pelo ditador austríaco Adolf Hitler. O Führer da nação alemã pregava a superioridade da raça pura, onde apenas os louros de olhos azuis, faziam parte desse seleto grupo de super-homens arianos. Não podemos jamais nos calar: "Assassino de seis milhões de judeus, de 20 milhões de russos e de 462 brasileiros na Segunda Guerra Mundial!".

Já entre imagens dos ex-Governadores vivos, único que é meu amigo é Milton Cabral, que governou a Paraíba entre 15 de junho de 1986 e 15 de março de 1987. Milton Bezerra Cabral é natural de Umbuzeiro, localizado na microrregião de Umbuzeiro, na mesorregião do Agreste Paraibano. Em breve, Milton Cabral lançará um livro sobre a Geografia e a Economia do Estado aos 90 anos de idade.

Já no histórico e lindo salão azul do Palácio da Redenção, podemos encontrar quadros dos ex-Presidentes do Estado da Paraíba. Com certeza absoluta, destacamos os Presidentes João Suassuna e João Pessoa (umbuzeirense que governou o Estado de 22 de outubro de 1928 a 26 de julho de 1930). No nobre salão azul, podemos encontrar o clima e o estopim da Revolução de 1930, um dos momentos mais importante da história do Brasil no século XX! Historicamente, enfatizo que o deputado federal João Suassuna na véspera de ser assinado pelas costas pelo pistoleiro Miguel Alves de Souza, na Rua do Riachuelo, no dia 09 de outubro 1930, no Rio de Janeiro, escreveu suas últimas palavras numa carta para sua amada esposa Rita de Cássia Dantas Villar (desterrense e prima de João Dantas, assassino do Presidente João Pessoa, no dia 26 de julho de 1930, em Recife). João Suassuna em 08 de outubro de 1930 escreveu: "se eu desaparecer e não nos virmos mais neste mundo de tristezas e dores pingentes, pode você assegurar aos nossos adoráveis filhos que sou inocente na morte de João Pessoa (...). A todos os nossos parentes e amigos leais, deve você minha amada mulher dar essas minhas declarações, caso venha a perecer como é possível, para que nenhum tenha a mais ligeira dúvida sobre a minha inocência".

O poeta paraibano Ariano Villar Suassuna aos 84 anos está escrevendo a mão a sua maior obra literária desde 1981. Na sua fazenda em Taperoá, Suassuna numa entrevista à Rede Globo revelou pela primeira vez: "(...) O livro vai constar de quatro romances. Quatro romances. O primeiro dos quais será a nova versão da Pedra do Reino, que eu já estou reescrevendo. Então, o primeiro livro vai ser A Nova Pedra do Reino. O segundo vai se chamar Quaderna, o Decifrador, que é a conclusão da Pedra do Reino. O terceiro vai se chamar A Onça Castanha. E o quarto vai se chamar O Palco dos Pecadores. Então, em um todo formam um conjunto que se chama A ILUMIARA". Cada página deste futuro livro será ilustrada com as lindas gravuras do próprio Ariano Suassuna.

Segundo Bira Delgado, cantor, compositor, poeta paraibano, ex-diretor artístico do Colégio Marista Pio X e atual coordenador da Unidade Cultural Casarão 34 da Prefeitura Municipal de João Pessoa, meu amigo e de Ariano Suassuna, "Ele é um grande contador de histórias. É o maior escritor vivo da Literatura Brasileira. A sua poesia é grande fonte da sua obra literária. Depois que tive acesso aos seus sonetos, foi bem mais fácil compreender melhor a riqueza da sua obra. Para mim, este é o "cabra" para o Prêmio Nobel de Literatura de 2011". Entre os sonetos iluminogravados do poeta paraibano Ariano Villar Suassuna, destacamos também o soneto intitulado "O AMOR E O DESEJO" com tema de Augusto dos Anjos (poeta, patrono da cadeira número 1 da Academia Paraibana de Letras e o Paraibano do Século XX):
O AMOR E O DESEJO
Eis afinal a Rosa, a encruzilhada,
Onde pulsa, cantando, o meu desejo.
Emerges a meu Sangue malfazejo,
Onça-do-sonho, Fronte coroada!

Ao garço olhar e à vista entrecerrada,
teu sorriso é enigmático e sem pejo.
Sobre os Peitos de cisne, ó Cisne-negro,
vejo Estrelas castanhas desplumadas.

Embaixo, a Dália-escura, aberta ao Dardo
a Fonte, a concha, a púrpura, a Coroa!
E brilha, ao fogo dessa Chamaparda,

a Leoparda, a Tigre, a Rosa-Cardo,
abandonada às Onças, às Leoas
e ao Cio escuso das Panteras-magras.

Na aula espetáculo em São Carlos, interior do estado mais rico e mais populoso do Brasil, este grande conterrâneo falou: "Eu não me conformo com a injustiça, por isso eu sou um homem da esperança. Eu sei que isto é muito difícil, mas eu tenho esperança de um dia ver acabar a injustiça, essa injustiça terrível, que no Brasil dilacera a todos nós, nos separando, a nós privilegiados do povo mais pobre". Estou muito distante da capital da tecnologia no País, mas aponto que, só com grandes investimentos em educação de qualidade, a maior economia da América Latina, entrará no seleto grupo das nações desenvolvidas.
Prezado Ariano, eu moro com a minha família na Avenida Capitão João Freire nos Expedicionários, bairro em homenagem póstuma aos heróis da Pátria! Eu sou também um "Poeta Desconhecido". É verdade! O meu primeiro livro digital de poesia intitulado "O ECLIPSE", foi lançado no site em português do jornal russo Pravda (verdade em português) nas comemorações alusivas aos 447 anos de nascimento e 395 anos de falecimento do maior dramaturgo do mundo, o poeta inglês William Shakespeare (1564-1616), e já divulgado nos sites Zwela Angola (Angola), Enciclopédia (Portugal), Jornal Correio do Brasil e Minuto Notícias (Brasil).
Estimado Suassuna, como economista paraibano sou autor de dois livros digitais de Economia, o primeiro intitulado "RBCAI", iniciais em português de Rússia, Brasil, China, África do Sul e Índia, lançado no dia 13 de agosto de 2009 - Dia do Economista, no site em português do jornal Pravda; o segundo livro denominado "Reflexões Socioeconômicas", lançado no dia 29 de setembro de 2010 no auditório do SEBRAE-PB, nas comemorações alusivas aos 30 anos do CORECON-PB.
Há anos venho pesquisando os principais indicadores sociais e econômicos dos países desenvolvidos como os Estados Unidos, Alemanha, Japão, França e Espanha e, sobretudo, dos países emergentes como a Rússia, Brasil, China, África do Sul e Índia (RBCAI). Caro Suassuna, estamos mal acostumados a dizer que quando a situação está difícil, caótica, feia, preocupante... "a situação está russa". Acredite, para mim, na situação vigente da economia mundial, "a situação está espanhola". A Rússia será a sexta economia do mundo, segundo o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs. E o Brasil será a quinta economia no ranking das dez maiores economias do mundo em 2050!
Muitos brasileiros dizem que "a situação está ruça", pois o ruço nesta frase significa difícil. Muitos escrevem erroneamente que "a situação está russa", escrevendo e pensando com dois s e, sobretudo, fazendo uma analogia as condições da ex-União Soviética (atual Federação Russa), que eram muitos difíceis. De acordo com o pensamento de Frederico Bolchav, "A situação está russa...". Apenas algum tempo depois de chegar ao Brasil, descobri que o ditado acima descrito significava que "algo estava ruim". Mas porquê se apropriaram, de forma depreciativa, da identidade de um povo a respeito do qual, ao que me parece, pouco se conhece? Será isso fruto da representação que se fez de tempos passados, quando a União Soviética entrou em crise e, logo depois, vergou-se ao capitalismo?".
Estimado Suassuna, agora eu pergunto: Por que quando a pessoa está com sérios problemas, com grandes dificuldades, ela diz "a situação está russa"? Você já parou para pensar sobre isso? Então, é uma boa pergunta, para uma bela resposta sertaneja. Penso que estamos mal acostumados com este antigo e conhecido ditado popular e, sobretudo, errados no tempo.
Na verdade, a Rússia agora é um país capitalista, tem 500 milionários, lá vigora a economia de mercado. A Rússia produz e exporta petróleo, gás natural, carvão, madeira, cevada, sementes de girassóis, trigo, aviões, submarinos, tanques, trens, helicópteros, satélites. Não tem desemprego alto como alguns países europeus, nem tão pouco elevado analfabetismo como alguns países sul-americanos. A Rússia será a sede das Olímpiadas de Inverno de 2014 e da Copa do Mundo FIFA de 2018.
Estimado Suassuna, na verdade, são poucos os brasileiros que gostam da Rússia, a grande maioria está por demais influenciada pelos Estados Unidos ou por países membros da União Europeia. Suassuna, quantas vezes você leu os livros Guerra e Paz e Anna Karenina de Tolstói? Quantas vezes você releu os livros Crime e Castigo, Os demônios e Os Irmãos Karamazov de Dostoiévski?
O poeta paraibano Ariano Villar Suassuna levou muito a sério as sábias palavras do maior escritor russo de todos os tempos, León Tolstói: "Escreve sobre tua província e serás universal". Tolstói pregou e viveu uma vida simples no maior país do mundo e em respeito à natureza em pleno século XIX.
Em sua famosa obra "Romance d'A Pedra do Reino e o princípie do sangue do vai-e-volta", Suassuna cita várias vezes a ex-União Soviética (atual Rússia). Destaco um diálogo entre três personagens, Dona Carmem Torres Martins, Frei Simão e Comendador Basílio Monteiro sobre a invasão armada da União Soviética a Taperoá no Cariri Paraibano. Dona Carmem Torres Martins: "Num país de verdade como a Inglaterra ou Estados Unidos isso nunca poderia acontecer". Frei Simão: "Eu estou acompanhando o racíocinio de vocês. Mas por que motivo a União Soviética ia querer invadir Taperoá?". Comendador Basílio Monteiro: "E por que não eminência? O Cariri Paraibano é uma região estratégica. Os comunistas são muitos organizados. Vocês pensam que lá em Moscou eles não conhecem Taperoá!".
Faço votos que sua rica obra literária seja traduzida para a Língua Russa! Hoje, Ariano Suassuna, na verdade, estou tentando mudar de "a situação está russa" - que para mim não é verdadeira do ponto de vista econômico, social, histórico, esportivo, cultural e psicológico - para "a situação está espanhola". A Espanha amarga sucessivos problemas econômicos e sociais desde o início da crise econômica mundial em 2008, ao ponto de ser, hoje, um dos cinco países europeus do problemático PIIGS (Portugal, Italy, Irland, Greece and Spain). Em inglês, o acrônimo significa porcos. Eita miséria... Uma grave crise econômica na terra de Frederico Garcia Lorca! A poderosa Espanha, com elevada dívida pública e privada, agora é uma "porca"! O Reino da Espanha, recentemente, sofreu um terremoto que matou mais de 10 pessoas na cidade de Lorca. Lá, movimentos populares em dezenas de cidades foram tomadas por fortes protestos, e a capital, Madrid, sendo palco de manifestações contra o corte no orçamento de programas sociais e de incentivos à produção, que levou ao aumento do desemprego e ao empobrecimento da população. A Espanha tem uma taxa de desemprego de 21,3% da PEA (População Economicamente Ativa), a maior dos 27 países membros da União Europeia.
Os jovens espanhóis desde 15 de maio de 2011 protestam muito na Plaza la Puerta del Sol, em Madrid, contra o caótico cenário econômico e social vigente! Protestam contra o aumento da idade mínima para a aposentadoria de 65 pra 67 anos e pelas famílias despejadas dos imóveis pelas enormes dívidas imobiliárias. Eles intranquilos gritam: "Sin Pan, No Habrá Paz". O desemprego atinge 43,5% dos jovens espanhóis.
Outra informação que reforça que "a situação está espanhola" é porque existem inúmeras queixas brasileiras de detenção e deportação sem motivo de turistas, excursionistas e profissionais brasileiros, nos aeroportos espanhóis. Suassuna, o preconceito contra os brasileiros é grande na terra de Miguel de Cervantes. Sem falar da violência e das ameaças de morte que nós da terra de José Lins do Rego sofremos dos espanhóis bêbados e drogados! Precisamos abrir os olhos e enxergar o que óbvio! Sim, a situação está espanhola e não russa!
Ariano Suassuna já foi tema de enredo da escola de samba Império Serrano no carnaval carioca de 2002 e da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista de 2008. O poeta paraibano Ariano Villar Suassuna sempre diz a todos em suas entrevistas e nas aulas espetáculos a sábia frase do maior escritor espanhol de todos os tempos, Cervantes (1547-1616): "A Língua Portuguesa é a língua mais sonora e musical do mundo!". O Português é a quinta língua mais falada no mundo.
Hoje, escrevo para homenagear os 84 anos de Ariano Suassuna. Poeta vem para cá com Zélia e de "Sport fino", vocês serão muito bem-vindos! Vamos ler e declamar as suas, as minhas e as poesias de Augusto dos Anjos, de Sérgio de Castro Pinto, de Hildeberto Barbosa Filho e de Bira Delgado no auditório da Academia Paraibana de Letras, no dia nublado e rubro-negro. No final, vamos beber água de coco na terra onde o Sol nasce primeiro. Enfim, meu caro poeta Ariano Villar Suassuna, desejo muito êxito! Muita saúde! Muita poesia! Que suas poesias perdurem para sempre! Oxente, eu quase ia me esquecendo... Meus Parabéns! Feliz Aniversário!

Paulo Galvão Júnior
Economista e Poeta Paraibano
João Pessoa - Paraíba - Brasil

As discretas filhas de Itamar Franco

Com a morte de Itamar Franco, os brasileiros, enfim, puderam conhecer as filhas do ex-presidente. Exemplos raros de discrição, Juliana e Georgiana mantiveram-se longe dos flashes durante todo o período em que Itamar exerceu a Presidência. Elas só mostrariam seus rostos no velório do pai. Vale lembrar: os anos que antecederam à posse de Itamar foram marcados pelo exibicionismo do então presidente Fernando Collor, de seus parentes e amigos. Especialista na criação de fatos que gerassem notícias fúteis, Collor transformou em ritual suas corridas dominicais, adorava se mostrar pilotando jet-skis, chegou a pegar carona num caça da FAB.

A ânsia pela exibição marcava aquele grupo de deslumbrados com o poder e com suas aparências e oportunidades. Na chamada República de Alagoas, referência à origem política do presidente, mesmo a separação de Collor precisava ser alardeada. Numa solenidade pública, ele fez questão de mostrar a ausência da aliança em sua mão. Expulso da Presidência após o impeachment, Collor soube transformar em espetáculo até sua saída do Palácio do Planalto.

Em meio à tamanha exposição, jornais, revistas e TVs se assanharam com a ascensão de um novo presidente. Divorciado, era pai de duas jovens — tinham em torno de 20 anos. Nós, jornalistas, queríamos entrevistá-las, fotografá-las, transformá-las em celebridades. Publicações especializadas se excitavam diante de futuras capas, de reportagens que revelariam namoros, separações e escândalos. Uma das filhas do presidente haveria de ser vista com algum ator, que logo seria trocado pelo herdeiro de um empresário. A outra, quem sabe?, se envolveria com um jogador de futebol e acabaria flagrada em poses comprometedoras num baile funk ou numa boite depois de algumas doses a mais. Seria inevitável que uma das duas demonstrasse arrogância, um sabe-com-quem-você-está-falando, diante de um policial.

As expectativas foram frustradas. Até hoje ignoramos quem elas namoraram, com quem se casaram, se é que são casadas. Juliana e Georgiana não protagonizaram escândalos, não usaram o nome do pai. Pelo que se sabe, não levaram amigos para passear em avião da FAB, não receberam passaporte diplomático, não ganharam empregos públicos, não montaram consultorias nem frequentaram festas de empresários. Um comportamento que, pela correção, se destaca em nosso universo político. Solidário, o País agradece.

Fernando Molica é jornalista e escritor
E-mail: fernando.molica@odianet.com.br

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Quem tem medo da Cruz Vermelha?



Há um certo temor por parte de quem atua no Hospital de Trauma de João Pessoa com a chegada da Cruz Vermelha.
É que a chegada da entidade pressupõe, como tem atestado o governo, o cumprimento de metas rígidas de funcionamento, que vão da economia dos custos à otimização do atendimento.
A intenção é, por exemplo, ampliar em 90 dias 30% do número de atendimentos. Diminuir o tempo de espera de três dias para uma cirurgia em apenas 60 minutos.
E isso significa, teoricamente, mais trabalho. Ou, no caso, significa simplesmente trabalho. Coisa que assusta quem estava acostumado a agir sem fiscalização permanente.
No contrato entre governo e Cruz Vermelha, inclusive, está explícito a imediata rescisão do contrato em caso de não cumprimento das metas atingidas. A Cruz Vermelha fará de tudo pra que isso não aconteça. Resultado? Cobrança redobrada
Quem estava, portanto, habituado apenas a cobrar vai ter que aceitar, a partir de agora, cobranças. E isso assusta.
Não é anormal que assuste.
A chegada da Cruz Vermelha para gerir um hospital do tamanho do Trauma representa uma quebra de paradigma a qual os servidores públicos estão acostumados. A imposição de um ritmo de natureza empresarial, como se o Trauma passasse a ser uma empresa com necessidade de atingir metas, assusta aqueles que tem no serviço público um sinônimo de trabalho sem patrão.
É por isso que estão todos, ou quase todos, apreensivos com a chegada da Cruz Vermelha. Atender melhor a população exige mais esforço. E isso assusta.
No caso da oposição, o medo é outro. É simplesmente o medo daqueles que temem que a coisa dê certo.

Marconi

Dilma criou “Brasil do improviso”, ataca o senador Aécio Neves


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As críticas foram feitas por Aécio nesta quarta-feira, quando o Congresso estava às vésperas do recesso parlamentar.

Segundo ainda o tucano, ” poucas vezes, na nossa história recente, um governo começou de forma tão desarticulada”.

O tucano citou as duas principais crises que derrubaram os ex-ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Alfredo Nascimento (Transportes). Para ele, os escândalos foram provocados pelo aparelhamento partidário. Entre os retrocessos citados pelo tucano está a aprovação do RDC (Regime Diferenciado de Contratações), para contratações das obras da Copa e da Olimpíada.

 
Agência Senado

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Gertrudes: a escrava que desafiou a Paraíba

No Centro da então cidade da Parahyba (atual João Pessoa), na Rua das Trincheiras e aos redores, a 'Negra do Tabuleiro' circula vendendo frutas, verduras e o que mais lhe permitam. Ela é conhecida de pobres e riscos, tem amigos em diversas camadas sociais. Escrava alforriada de cerca de 30 anos, Gertrudes Maria não aceitou a condição de mercadoria que muitos lhe atribuíam e se e insurgiu contra uma sociedade escravocrata em pleno século XIX. A crioula quitandeira, como era conhecida, não quis ser vendida em praça pública e para que isso não acontecesse travou uma verdadeira guerra judicial pela própria liberdade que durou 14 anos.
A história da negra Gertrudes Maria faz parte da dissertação de mestrado da historiadora Solange Rocha intitulada 'Na Trilha do Feminino: Condições de vida das mulheres escravizadas na Província da Paraíba' e defendida na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 2001. De acordo com Solange, em 1820 a escrava que era propriedade de Carlos José da Costa conseguiu comprar a própria liberdade por 100 mil réis, metade do seu valor, sob a condição de prestar serviços a ele por tempo indeterminado para quitar o restante da dívida. Gertrudes, que já aproveitava a liberdade condicionada, só não contava que o seu senhor estivesse cheio de dívidas e que poderosos da Capital, inclusive do clero, quisessem usá-la para recebem o valor devido por Carlos José da Costa.
"Gertrudes teve que se opor a um 'embargo de penhora' contra seu senhor, iniciado em 1828, que colocou em risco a sua liberdade parcial", conta a historiadora. De acordo com Solange, o grande feito da quitandeira foi o de não ter se posicionado de forma passiva e de ter procurado de imediato o auxílio de advogados em sua defesa. " Quando essa libertanda recorreu à Justiça, não era comum às mulheres e aos homens escravizados contratassem advogados ou serem representados por eles, visando litigar na justiça, em defesa do que consideravam seus 'direitos', colocando-se contra seus donos ou suas donas", lembrou.
Na sua luta jurídica, que durou de 1828 a 1842, Gertrudes Maria teve que enfrentar homens poderosos como o carmelita Frei João da Encarnação, para o qual o senhor Carlos José da Costa devia 176$190 réis e a José Francisco das Neves para quem era devido cerca de 33 mil réis. Para isso, a escrava contou com a amizade de advogados bastante prestigiados na capital paraibana. Durante os primeiros anos da ação, Gertrudes Maria foi defendida pelos advogados Luís Nogueira Moraes e José Lucas de Sousa Rangel. Em 1830, a causa passou para as mãos de Francisco de Assis Pereira Rocha e de Feliciano José Henriques Júnior. "O primeiro atuou por longo tempo na causa de Gertrudes Mara. Ele era um representante da elite paraibana que exerceu vários cargos administrativos, acompanhou o caso por mais de 10 anos, até a década de 1840", conta Solange.
A prisão
Em 1831, o juiz Inácio de Sousa Gouveia deu ganho de causa aos credores de Carlos José da Costa, considerando a carta de liberdade de Gertrudes Maria nula que deveria ser vendida e cabendo a ela o pagamento das custas do processo. Contudo, os advogados da quitandeira não desistiram e entraram com uma apelação, sendo o processo enviado para julgamento em órgão superior de Justiça, a Ouvidoria Geral da Comarca.
Novas informações sobre a ação cível são datadas de 11 de novembro de 1842, quando um dos credores, José Francisco das Neves, contratou um advogado para reativar o processo. "Conforme informações contidas na ação, ficamos sabendo que a solicitação dele foi acatada. Gertrudes Maria e seus dois filhos foram presos, tendo sido libertada em 1 de dezembro de 1841". O argumento aceito contra Gertrudes era o de que o seu depositário, José Bernardino, "a deixou viver a rédea solta e concubinada com um índio com que morava de porta adentro e de quem hoje tem duas crias". Para conseguir a liberdade de volta, Gertrudes solicitou um novo responsável, o tenente Modesto Honorato Victor. Quatro meses depois, em abril de 1841, o mesmo credor entrou com uma "Ação em Juízo" na tentativa de vender Gertrudes e os filhos em praça pública para receber a dívida, sendo estas as últimas informações registradas sobre o caso.
"Embora não tenhamos conhecido o resultado da apelação do caso aludido, É uma história emblemática por representar as lutas de muitas outras mulheres escravizadas de várias regiões da Paraíba e do Brasil", afirma Solange Rocha.

Paraíba Hoje

Verbas federais para Estados e municípios‏


Verbas federais para Estados e municípios serão repassadas através de transferências eletrônicas diretas e rastreamentos a partir de agosto
O repasse de verbas federais para Estados e municípios será feito através de transferência eletrônica direta e rastreável a partir de 29 de agosto deste ano. É que o governo federal editou o Decreto 7.507, publicado em 28 de junho passado, proposto pela Controladoria Geral da União (CGU), que regulamenta as chamadas transferências automáticas. Na prática, o objetivo do decreto é acabar com a possibilidade de saques na ‘boca do caixa’. Vai permitir também que a movimentação dos recursos seja rastreável.
O decreto estabelece que os recursos devem ser mantidos e movimentados em contas específicas abertas em bancos oficiais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia ou Banco do Nordeste), proíbe os pagamentos por meio de cheques e limita os pagamentos em dinheiro. Nesse último caso, não pode ultrapassar R$ 8 mil por ano, desde que o valor unitário de cada pagamento não ultrapasse R$ 800.
Em 2010, o Governo do Estado recebeu R$ 2,6 bilhões em transferências e os 223 municípios paraibanos, um pouco mais: R$ 3,8 bilhões. Até junho deste ano, Governo e municípios já atingiram a cifra de R$ 1,7 bilhão (ocupa o 12º lugar no país).
O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, informou que, entre outras medidas, o novo decreto obrigará que os recursos transferidos sejam depositados e mantidos em conta específica, aberta para esse fim, em instituições financeiras oficiais federais.
O decreto prevê ainda que a movimentação dos recursos e os pagamentos efetuados com eles sejam realizados exclusivamente por meio eletrônico, mediante crédito em conta corrente de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços, devidamente identificados. “O que permitirá acompanhar rigorosamente a destinação desses recursos”, declarou o ministro, em resposta ao Correio, via e-mail.
“Com as novas medidas, as informações relativas ao uso dos recursos transferidos serão objeto de ampla divulgação, inclusive, em meios eletrônicos de acesso público, atendendo ao princípio da transparência”, destacou o chefe da CGU.
Hoje, o dinheiro é transferido para uma conta específica, mas pode ser movimentado para outras contas durante a execução das ações. “Conta específica existe, contudo, não há mecanismos que obriguem a identificação do beneficiário final. Na verdade, os mecanismos hoje não são suficientes, pois o controle precisa ser exercido em todos os níveis e é de responsabilidade de cada gestor”, ressaltou Hage.
Ele espera que, com o novo decreto, se tenha um melhor controle financeiro dessas transferências federais e que a prestação de contas seja exibida na internet, inclusive, com a identificação da conta bancária.
Quando ocorrem irregularidades
As chamadas Tomadas de Contas Especiais (TCE) são um das formas usadas pelos gestores federais toda vez que se verificam irregularidades graves nas transferências de recursos, e depois de esgotadas as medidas administrativas para reparação do dano. Dos valores desviados no país, entre 2003 e 2010, já foram recuperados R$ 5,6 bilhões. Não há números específicos da Paraíba. A TCE quantifica o prejuízo e individualiza as responsabilidades pelo ato irregular. Após a conclusão, a CGU faz a análise do processo e o envia ao Tribunal de Contas da União e à Advocacia-Geral da União, para as providências iniciais de ressarcimento dos prejuízos aos cofres públicos.
CGU visita municípios da PB
De acordo com informações da Controladoria Geral da União, geralmente, as fraudes no que se refere às transferências federais ocorrem em licitações e contratos. Essas fraudes ocorrem basicamente mediante dois mecanismos: preços acima dos praticados no mercado ou recebimento em desconformidade com o contratado. Os problemas de aplicação de recursos públicos têm ocorrido em todos os Estados, mas o órgão avalia que determinadas falhas ocorrem com mais freqüência no Norte e Nordeste. “Isso talvez decorra do maior despreparo dos gestores públicos municipais nessas regiões ou, talvez, da dominação política de velhas oligarquias que ainda subsistem nos rincões mais atrasados”, declarou o ministro Jorge Hage. O órgão alega que muitos dos desvios praticados pelos gestores, embora possam configurar irregularidades graves, não podem ser quantificados, em termos de valores, o que dificulta as tentativas de uma totalização minimamente confiável de recursos desviados.
A fiscalização da aplicação dos recursos destinados a Estados e municípios é feito por amostragem, através do acompanhamento sistemático dos programas específicos dessas áreas. A CGU também investiga denúncias de parlamentares e de cidadãos, do Ministério Público e da Polícia Federal. Também instituiu, em 2003, o Programa de Fiscalização por Sorteios Públicos. Já foram realizados 33 sorteios e o último foi realizado em julho de 2010. Dos 223 municípios paraibanos, 69 já receberam a ‘visita’ de técnicos da CGU.
Educação e saúde são áreas mais problemáticas
A Controladoria Geral da União identificou problemas, principalmente, nos recursos destinados às áreas de saúde e educação. Um exemplo são as falhas detectadas no Programa da Merenda Escolar: falta de fornecimento de merenda escolar, evidências de irregularidades nos procedimentos licitatórios, condições inadequadas de preparo, armazenamento, transporte da merenda, além da falta de nutricionista para a elaboração e acompanhamento do cardápio da merenda escolar são algumas das falhas encontradas pelo órgão, em fiscalizações.
Em relação ao Programa de Atenção Básica - Saúde da Família, a situação não é diferente. Cerca de 70% dos profissionais de formação superior não cumprem a carga horária semanal prevista, que é de 40h, aproximadamente 50% dos agentes comunitários de saúde não dispõem de materiais e equipamentos necessários ao bom desempenho de suas funções.
Quadrilhas já foram presas
A Controladoria Geral da União afirmou que só atua em casos em que os ilícitos constatados ocorram com o envolvimento de agentes públicos do Executivo Federal. Quando o problema configura desvio criminoso, e, principalmente, envolve vários municípios de uma região, a CGU leva o fato ao conhecimento da Polícia Federal e do Ministério Público, passando as três instituições a atuar em conjunto para desarticular o esquema, punir os responsáveis e tomar as providências para o ressarcimento dos prejuízos aos cofres públicos.
O órgão afirma que já foram realizadas dezenas de operações especiais para desbaratar o que a CGU chama de “verdadeiras quadrilhas que desviavam recursos das áreas da Saúde e da Educação”. Em todas elas houve prisões de muitos envolvidos
Verbas federais para Estados e municípios serão.

Noticias da Paraíba

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A Paraíba estara mouca



Apesar de ter sido colocado com muita discrição, chamou a atenção na visita que o governador Ricardo Coutinho fez a Campina Grande nesta terça-feira, 05, o aparelho auditivo existente em seu ouvido esquerdo. A assessoria dele relatou que o problema auditivo decorre de medicação tomada para combater uma sinusite, que provocou efeito colateral.
Nos corredores da política especula-se ainda que o ponto eletrônico serviria para comunicação entre a equipe de segurança e o governador. Há ainda, quem levante a tese de que o ponto no ouvido de Ricardo serviria para que o chefe do executivo ouça apenas seu coletivo pessoal, que norteia essa nova Paraíba que se apresenta.
A Paraíba está mouca!

Portal Paraíba 1

domingo, 3 de julho de 2011

TEMOS QUE FAZER ISSO NO PAÍS INTEIRO

Não só c/ vereadores outros cargos politicos também
O outdoor colocado na rua Olívio Domingos Brugnago, no bairro Vila Nova, em Jaraguá, demonstra a indignação sobre a proposta de aumento do número de vereadores na Câmara.
Na Ilha da Figueira, bairro de Jaraguá do Sul, foi colocado o outdoor abaixo:
E finalmente...

História da Paraíba: O general da prosperidade

Edson Ramalho participou da FEB na 2ª Guerra Mundial. Como secretário de Finanças incentivou o comércio...
Ele é o filho mais ilustre do pequeno município de Borborema, localizado na microrregião do Brejo paraibano, a 132 km da capital. Representou o Brasil na Segunda Guerra Mundial e fez parte de uma das administrações mais prósperas do Governo da Paraíba. Hoje, dá nome a uma importante avenida e a um dos hospitais mais conhecidos de João Pessoa: general Edson Ramalho.
Nascido em 1905, Edson Amâncio Ramalho tornou-se oficial do Exército Brasileira pela Escola Militar de Realengo, do Rio de Janeiro. Como militar, viveu um dos seus momentos mais decisivos ao fazer parte do grupo de cerca de 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira (FEB), enviada à Itália em 1944 durante a Segunda Guerra Mundial para lutar ao lado dos chamados países Aliados: União Soviética, Estados Unidos e Império Britânico.
Na Paraíba, Edson Ramalho foi comandante da Polícia Militar de 16 de fevereiro de 1956 a 12 de janeiro de 1957 e secretário de Segurança Pública durante o governode Pedro Gondim.
Mas foi como secretário de Finanças em 1961 que o general deu uma das suas maiores contribuições à Paraíba. De acordo com o historiador Orion Farias, à época em que Edson Ramalho assumiu a pasta foi uma das mais prosperidade para o Estado. Foi a fase do sisal, o chamado Ouro Verde. Nesse período, por exemplo, se calçou as Avenidas Epitácio Pessoa, Maximiano de Figueiredo e João Machado. "O comércio em João Pessoa estava se desenvolvendo a olhos vistos e o calçamentos dessas importantes vias foi mais um impulso para ele e também para o turismo. Começaram a instalar grandes lojas na Epitácio Pessoa", afirmou o historiador Arion Farias.
De acordo com o estudioso, o grande feito de Edson Ramalho foi o enorme incentivo ao comércio paraibano na década de 60. "Ele foi um dos melhores secretários de finanças da Paraíba. Era inovador. Estabeleceu métodos de arrecadação de impostos, criando uma espécie de loteria da qual participavam os clientes que exigiam nota fiscal no ato da compra", contou. Ogeneral Edson Ramalho faleceu no Rio de Janeiro em 1967.
Homenagens póstumas
Dois anos depois da morte do general era inaugurada o hospital militar que recebe seu nome. O hospital General Edson Ramalho teve sua construção iniciada em 1957, ainda durante o governo de Pedro Gondim, mas só abriu suas pontas 12 anos depois, em 1969, durante o governo de João Agripino.
Nos seus primeiros anos, serviu apenas a policiais militares e seus parentes, mas hoje atende a aproximadamente 10 mil pacientes por mês também pelo Sistema Único de Saúde. 50% deles vêm do interior do Estado.
Localizado no bairro Treze de Maio, em João Pessoa, o hospital tem aproximadamente 800 funcionários que prestam serviço nos setores de urgência e emergência e maternidade. O Edson Ramalho também realiza transplante de córnea, implanta prótese auditiva, entre outros serviços. É considerado um hospital de médio porte, possuindo 151 leitos. Os médicos do hospital são militares. O general também emprestou o nome a uma das mais importantesavenidas da orla da Capital.

Marconi