Pedro, a arte de negar três vezes
Pedro Medeiros: cara feia para oposição
Espirituoso e trabalhador pelo Cariri paraibano, o deputado Pedro Medeiros (PSDB) não é um parlamentar no qual se possa descarregar descrédito. No entanto, é preciso registrar que Pedro sofre de um mal, oriundo de tempos imemoriais, talvez, que o coloca, no entanto, na lista dos menos confiáveis da Paraíba no que diz respeito à firmeza das posições políticas.
Pedro Medeiros tem aversão à oposição e uma verdadeira obsessão pelo governo.
Não vive sem ele. Nunca viveu. O tempo que ficou na oposição nestes últimos dois anos foi única e exclusivamente porque o grupo do ex-governador Cássio não lhe deixou um dia sequer sem mandato na Assembleia.
Todo mundo sabe nos corredores da Assembleia que Pedro gritava sem constrangimento, com aquela voz rouca e retumbante de capitão de navio pesqueiro: “Se me tirarem daqui eu rompo!”.
Pois bem. Nunca tiraram e ele nunca rompeu. Até o dia em que, com a saída de Arthur Cunha Lima para o TCE, o deputado Pedro Medeiros virou titular. E ganhou o direito de fazer o que mais gosta: aderir ao governo.
Quando entrei na cobertura política, me lembro de Pedro Medeiros na bancada do PMDB no governo Maranhão. Do mesmo jeito, chegando cedo às sessões e assíduo na Casa de segunda a sexta.
O PMDB perdeu o governo e o que foi que aconteceu? Pedro Medeiros se filiou ao PSDB e se integrou de corpo e alma à bancada do novo governador Cássio Cunha Lima. Eu estava lá. Lembro-me de Pedro Medeiros negando o PMDB e dizendo: “Eu sempre quis estar aqui”.
Pois bem. Hoje ele nega à oposição. É o mais lídimo representante dos políticos de Palácio. Carrega consigo, desde a passagem do mais famoso personagen bíblico, a arte de negar os que não estão no poder.
"Paraiba Hoje"
quarta-feira, 2 de junho de 2010
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