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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ricardo e Rômulo tomam posse sábado; programação inclui Culto e shows musicais

O governador diplomado e o vice, Ricardo Coutinho e Rômulo Gouveia, respectivamente, tomam posse neste sábado (1º), às 15h, no Espaço Cultural. Antes disso, o socialista participa às 11h de um Culto Ecumênico na Estação Cabo Branco, Ciências, Cultura e Artes. A programação da posse ainda terá a transmissão de cargo, a revista do governador empossado às tropas da Polícia Militar e será finalizada com um show em comemoração, no Ponto de Cem Réis.

Culto

Com a celebração do arcebispo metropolitano da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, e do pastor Estevão, da 1º Igreja Batista de João Pessoa, o Culto Ecumênico vai contar com a presença de pastores de diversas igrejas evangélicas, além da presença do Pai Erivaldo, representando as religiões de matriz africana. Além disso, o juiz Quelpes Vasconcelos vai representar os espíritas do Estado.

Ricardo vai assistir ao culto e participar com a leitura do Salmo 100, de louvação a Deus. O Coral Infantil da Orquestra Sinfônica da Paraíba também participa da celebração.

Posse

Pela tarde, ocorre a solenidade de posse, em uma sessão solene da Assembleia Legislativa que ocorre em cárater especial no Espaço Cultural. O evento é aberto ao público, com capacidade para três mil pessoas. Além disso, o local vai contar com um espaço reservado para a imprensa e para políticos, autoridades e familiares de Ricardo Coutinho e Rômulo Gouveia.

A sessão de posse vai ser conduzida pelo presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Ricardo Marcelo, que declarar a posse do governador e vice. Logo após a declaração de Marcelo, o socialista fala pela primeira vez ao povo paraibano como o primeiro governador do Estado nascido na Capital.

O evento vai contar com a presença da cantora Eleonora Falcone, que vai interpretar os hinos nacional e da Paraíba.

Transmissão de cargo


Com previsão de começar às 16h30, a transmissão de cargo vai ocorrer no palco montado em frente ao Palácio da Redenção, no Centro de João Pessoa. O atual vice-governador Luciano Cartaxo é quem vai passar a faixa para Ricardo Coutinho, que na ocasião vai ser apresentado oficialmente para a tropa da Polícia Militar do Estado, que vai desfilar em continência para o governador.

Show

A programação da posse de Ricardo vai terminar com um show no Ponto de Cem Réis programado para começar às 19h30. Para celebrar um novo tempo na Paraíba, vão se apresentar Biliu de Campina, Adeildo Vieira e a banda Cabruera.

Primeira atividade

Logo após receber a faixa de governador das mãos de Luciano Cartaxo, Ricardo vai participar de sua primeira atividade como governador da Paraíba. Ele vai acompanhar o prefeito de Capital, Luciano Agra, na entrega da reforma do calçadão da Rua Duque de Caxias e da nova sede da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope).  
 
In: PB Agora

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

"Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro", por Sylvio Guedes

Fonte: Jornal de Brasília

Sylvio Guedes, editor-chefe do Jornal de Brasília, critica o "cinismo"
...dos jornalistas, artistas e intelectuais ao defenderem o fim do poder paralelo dos chefes do tráfico de drogas. Guedes desafia a todos que "tanto se drogaram nas últimas décadas que venham a público assumir:
eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro".

Leia o artigo na íntegra:

É irônico que a classe artística e a categoria dos jornalistas estejam agora na, por assim dizer, vanguarda da atual campanha contra a violência enfrentada pelo Rio de Janeiro. Essa postura é produto do absoluto cinismo de muitas das pessoas e instituições que vemos participando de atos, fazendo declarações e defendendo o fim do poder paralelo dos chefões do tráfico de drogas.

Quando a cocaína começou a se infiltrar de fato no Rio de Janeiro, lá pelo fim da década de 70, entrou pela porta da frente.

Pela classe média, pelas festinhas de embalo da Zona Sul, pelas danceterias, pelos barzinhos de Ipanema e Leblon.

Invadiu e se instalou nas redações de jornais e nas emissoras de TV, sob o silêncio comprometedor de suas
chefias e diretorias.
Quanto mais glamuroso o ambiente, quanto mais supostamente
intelectualizado o grupo, mais você podia encontrar gente cheirando carreiras e carreiras do pó branco.

Em uma espúria relação de cumplicidade, imprensa e classe artística (que tanto se orgulham de
serem, ambas, formadoras de opinião) de fato contribuíram enormemente para que o consumo das drogas, em especial da cocaína, se disseminasse no seio da sociedade carioca - e brasileira, por extensão.

Achavam o máximo; era, como se costumava dizer, um barato.
Festa sem cocaína era festa careta.

As pessoas curtiam a comodidade proporcionada pelos fornecedores: entregavam a droga em casa, sem a
necessidade de inconvenientes viagens ao decaído mundo dos morros, vizinhos aos edifícios ricos do asfalto.
Nem é preciso detalhar como essa simples relação econômica de mercado terminou. Onde há demanda, deve haver a necessária oferta. E assim, com tanta gente endinheirada disposta a cheirar ou injetar sua dose diária de cocaína, os pés-de-chinelo das favelas viraram barões das drogas.
Há farta literatura mostrando como as conexões dos meliantes
rastacuera, que só fumavam um baseado aqui e acolá, se tornaram senhores de um império, tomaram de assalto a mais linda cidade do país e agora cortam cabeças de quem ousa lhes cruzar o caminho e as exibem em bandejas, certos da impunidade.
Qualquer mentecapto sabe que não pode persistir um sistema jurídico em que é proibida e reprimida a produção e venda da droga, porém seu consumo é, digamos assim, tolerado.

São doentes os que consomem. Não sabem o que fazem. Não têm controle sobre seus atos. Destroem
famílias, arrasam lares, destroçam futuros.
Que a mídia, os artistas e os intelectuais que tanto se drogaram nas três últimas décadas venham a público assumir:
"Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro."
Façam um adesivo e preguem no vidro de seus Audis, BMWs e Mercedes.