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domingo, 23 de outubro de 2011

Delator conta como funcionava suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte

O policial militar João Dias Ferreira, acusado de desviar R$ 3,2 milhões do programa Segundo Tempo, afirmou que uma central de cobrança de propina foi instalada num escritório dentro do Ministério do Esporte. Em entrevista ao GLOBO, segunda-feira à noite, João Dias afirmou que o chefe do escritório era o advogado Júlio Vinha, que despachava ao lado de Ralcilene Santiago, ex-coordenadora-geral de um dos programas do ministério e antiga militante do PCdoB, partido que controla a pasta. O ministério e o ministro Orlando Silva negam as irregularidades.

O escritório funcionava numa sala do segundo andar do prédio do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) cedida à Secretaria de Esporte e Educação, do Ministério do Esporte. Segundo João Dias, Ralcilene atraía as ONGs para projetos financiados pelo programa Segundo Tempo e, depois, oferecia serviços de assessoria, consultoria e advocacia.

A partir de então, segundo o denunciante, Vinha se encarregava de "arredondar" o projeto a ser financiado com recursos do ministério e, em contrapartida, cobrava comissão de 10% a 20%. João Dias, que já foi candidato a deputado pelo PCdoB de Brasília, disse que essa era a regra geral para as ONGs interessadas em dinheiro do Ministério do Esporte.

No seu caso, o PM disse que rejeitou a oferta e, após longa negociação, concordou em pagar 1% do valor que receberia de um dos dois convênios que firmou com a secretaria. O contrato está num processo na 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília.

O policial falou sobre o suposto escritório da propina ao descrever métodos que o PCdoB teria adotado para arrecadar verbas para campanhas eleitorais e, em alguns casos, enriquecimento pessoal de alguns militantes.

- Quais foram os métodos? Capacitação de entidades. O que é isso? É fazer uma triagem e ver se as entidades localizadas estão aptas a participar do programa Segundo Tempo. Essa captação de entidades era feita por uma equipe liderada por uma grande diretora chamada Raucilene Santiago (já está no PCdoB há 28 anos). Não só eu, mas dezenas, centenas de entidades adentraram imaginando estar tudo dentro da legalidade, tudo certinho, é não é - disse João Dias.

Cobrança por suposta assessoria

Na etapa seguinte, contou, entrava a consultoria e a cobrança da comissão por suposta prestação de serviços de advocacia.

- Qual o serviço que eles oferecem? Consultoria, advocacia e assessoria através do advogado Júlio Vinha. Ele teria escritório de advocacia. Eu nunca vi esse escritório. Só vi ele com mesa dentro do Ministério do Esporte, na sede do Dnit. Ele compareceu com uma grande equipe do ministério para apresentar uma proposta. Essa proposta era fazer um projeto. Eles analisavam se a entidade tinha condições jurídicas, documentais e te cobravam entre 10% e 20%, dependendo do número de alunos, do valor financeiro e da capacidade da entidade - disse.

João Dias disse que não aceitou a proposta porque os valores não estavam incluídos nas despesas gerais do projeto, ou seja, seria um gasto não contabilizado. Numa guerra aberta em torno das supostas irregularidades, o policial gravou com telefone celular uma longa discussão que teve com a cúpula do ministério, em abril de 2008. Durante a briga, João Dias ameaçou denunciar os supostos crimes. Mas os auxiliares do ministro Orlando Silva tentaram demover o policial da ideia, numa reunião que teria ocorrido no ministério. Fábio Hansen, um dos assessores presente ao encontro, pediu para João Dias guardar silêncio.

- Ele (Fábio Hansen) fala que lamenta muito, que levou uma bolada dos próprios amigos, que sabia que existia um acordo para sanar os problemas (nos convênios) e que ninguém respeitou. Que agora não vai ter mais problema. Para não procurar o Ministério Público. Que tudo seria resolvido. Não procurar nenhum órgão fora - contou Dias.

Em nota, o Ministério do Esporte negou a reunião no gabinete do ministro. E que o citado encontro aconteceu a pedido de João Dias, durante processo de avaliação de contas das entidades que ele dirigia: "Reuniões com representantes de entidades conveniadas, tanto públicas quanto privadas sem fins lucrativos, fazem parte da rotina do processo de acompanhamento, controle e fiscalização dos convênios. Em nenhum momento houve qualquer acordo para amenizar ou acobertar qualquer irregularidade".

O policial deu a entrevista na frente de seus dois advogados, Michael Roriz de Farias e Rafael Leite de Macedo. Durante a conversa, o PM disse ainda que parte do dinheiro da propina do primeiro convênio que assinou seria destinado à campanha eleitoral do ex-presidente Lula, em 2006. O PCdoB teria se organizado para fazer grande contribuição à campanha de Lula e, com isso, melhorar o prestígio do partido junto ao ex-presidente. A comissão seria de R$ 200 mil. O policial disse que não cedeu à suposta pressão.

João Dias sustentou ainda que a suposta ajuda à campanha de Lula teria partido de Orlando Silva. Deixou claro, porém, que não tem gravações que comprometam o ministro.

Procurados pelo GLOBO, Ralcilene e Vinha não foram localizados. Segundo o ministério, Ralcilene não trabalha mais no governo. O ministério não soube informar se Vinha teve contrato formal de trabalho com a pasta.

PM diz que carros não foram quitados

O PM negou que tenha aumentado o patrimônio com dinheiro de origem ilegal. O GLOBO mostrou nesta terça-feira que ele mora numa mansão em condomínio fechado e tem três carros importados : um Volvo, uma BMW e um Camaro. Ele argumenta que é instrutor de Kung Fu há 25 anos e tem três academias de ginástica. E afirmou que não quitou os pagamentos dos três carros.

- Trabalho na PM por amor à corporação. Mas sou instrutor de Kung Fu. Dou muitos cursos aqui e no exterior. Só num, ganhei R$ 29 mil.

João Dias tem forte influência no governo Agnelo Queiroz, no Distrito Federal. Em agosto, chegou a indicar o amigo Manoel Tavares para o comando da BRB Seguros, corretora de seguros do Banco Regional de Brasília.
Globo

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A PALHAÇADA RELIGIOSA CONTINUA - PASTOR PARAIBANO LANÇA ‘MILAGRE CARD’ E INOVA NA RELAÇÃO COM FIÉIS EVANGÉLICOS

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Chegou um cartão de visitas interessante, do Pastor Missionário Clóvis Lopes: trata-se do ‘Milagre Card’, uma idéia inovadora que, de cara, propõe o alcance de um milagre em troca de um depósito bancário.
Tanto que, no ‘Milagre Card’, o pastor disponibiliza duas contas correntes para depósito.
O Pastor Missionário Clóvis Lopes se apresenta no cartão como membro do Ministério Assembléia de Deus Pentecostal Pai Nosso, que disponibiliza contatos na Paraíba e em Brasília. No ‘Milagre Card’, o Pastor Missionário informa sobre “cura e libertação” e coloca mensagens do tipo “Agindo Deus, quem impedirá”.
No cartão, o Missionário Clóvis Lopes disponibiliza duas contas bancárias, sendo uma do Banco Real (Agência 1188, Conta Corrente 5013642) e outra do Banco do Brasil (Agência 0200-3, Conta Corrente 12.907-0), sendo uma pertencente a ele e outra da Missionária Maria Lenice Moisés de Oliveira. Entretanto, não estipula valores para depósito.
Se esta forma de conseguir milagres, prática e inovadora, funciona mesmo, o Blog não sabe. Quem se habilita a testar? Para os interessados, o Blog disponibiliza o cartão digitalizado e os contatos. Boa sorte a quem se aventurar…

Por Carlos Magno

JOGOS PAN AMERICANOS: BRASIL É CAMPEÃO NO ROUBO DE MEDALHAS.‏

Os Jogos Pan Americanos estão com tudo. O Brasil mandou sua delegação de políticos e os atletas estão fazendo bonito. Já sumiram as bolsas das delegações dos Estados Unidos, do Canadá e do Chile. Mas ninguém sabe quem foi.
O Ministro Orlando Silva passou na igreja e pegou uma medalha de Santo Antônio. Ele diz que é inocente e quer se proteger. Parece que agora as bolsas de apostas inglesas vão abrir uma nova categoria de apostas no esporte: quando cai o Enrolando Silva?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

LULA, O DOUTOR DE COIMBRA...

Óculos de leitura: R$ 2.000,00
Terno Ricardo Almeida: R$ 8.500,00
Tirar foto com o livro DE CABEÇA PRA BAIXO: NÃO TEM PREÇO!!!

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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Escalação de Diogo faz de Romero um titular interino no PSDB

Diogo Cunha Lima foi tratado como “reserva de luxo” do PSDB de Campina Grande para as eleições do próximo ano ao se filiar à legenda às vésperas do prazo final pra quem pretende disputar o pleito de 2012. E que a titularidade recairia sobre o deputado federal Romero Rodrigues, na fila há quase dez anos.
Mas não seria o contrário?
Por mais que se tente negar ou evitar, não há como discordar de que a filiação de Diogo no prazo que o deixa apto a ser candidato enfraquece a convicção a respeito da eventual candidatura de Romero, até então o titular absoluto do PSDB.
Com Diogo Cunha Lima escalado, mesmo dizendo que não vai jogar, Romero vai ter que ser obrigado a conviver até às convenções com a ameaça de ser substituído. Jogará na obrigação de não cometer deslize, de estar bem nas pesquisas e, principalmente, de ter o controle de suportar uma parte do eleitorado cassista torcendo pela entrada de Diogo em campo.
Em suma, jogará na pressão o tempo inteiro. Porque, caros leitores, por mais que evite a política, o primogênito de Cássio, na verdade, é o titular que está no banco. Romero, o reserva que está em campo.
Ou alguém vai dizer que se Diogo Cunha Lima, após um sonho, acordar batendo o pé e dizendo que será candidato a prefeito de Campina o grupo irá impor obstáculos?
Claro que não. Está evidente que o poder de dizer se vai jogar ou não está com Diogo e não com Romero. Ao escalar ambos para a mesma posição, o PSDB criou um “titular” pressionado e um “reserva” cuja sua pouca vontade de jogar não corresponde à cobrança da torcida.
Só não digo que o PSDB deu um tiro no pé, porque, em política como no futebol, quem tem dois tem um. E que tem um não tem nenhum. O que significa melhor pecar por excesso.

Marconi

Raniery faz balanço de matérias aprovadas na ALPB‏


O deputado Raniery Paulino (PMDB) teve 16 matérias aprovadas no esforço concentrado realizado na última quarta-feira (05.10) na Assembleia Legislativa da Paraíba com o objetivo de limpar a pauta de votação.
                Do total de matérias que receberam aprovação em plenário, 9 foram projetos de lei, 4 foram requerimentos e 3 requerimentos de sessões especiais. Com destaque para o projeto de lei de n⁰294⁄2011 que trata da reserva preferencial para distribuição ou venda de unidades habitacionais populares ou lotes individuais para portadores de necessidades especiais.
                Outro projeto aprovado é o que institui o Programa de Inclusão no Mercado de Trabalho voltado para adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa no Estado.
“O que me deixa bastante satisfeito, mostrando nosso incansável trabalho em prol do povo da Paraíba e a produtividade que estamos tendo de forma regular ao longo de nossos mandatos. Já que as matérias aprovadas são de grande importância para a população, têm amplo alcance e beneficiam diversos segmentos sociais”, afirmou Raniery.

PROJETOS DE LEI DE AUTORIA DO DEPUTADO RANIERY PAULINO APROVADOS (aguardando sanção do Poder Executivo Estadual)
  • 278⁄2011 – Dispõe sobre a vedação do fornecimento de papel termossensível como comprovante de frequência ao trabalho e dá outras providências.
  • 291⁄2011 – Dispõe sobre a instalação de terminais eletrônicos de consulta de preços nos supermercados, hipermercados, lojas de departamentos e magazines localizados no âmbito do Estado da Paraíba.
  • 292⁄2011 – Dispõe sobre a proibição de cobrança prévia de taxa para cadastramento de curriculum vitae, nas agências de empregos, inclusive as virtuais, localizadas no âmbito do Estado da Paraíba
  • 294⁄2011 – Dispõe sobre a reserva preferencial para distribuição ou venda de unidades habitacionais populares ou lotes individuais urbanos para pessoas portadoras de necessidades especiais.
  • 295⁄2011 – Declara de relevante interesse social os Conselhos Tutelares do Estado da Paraiba.
  • 331⁄2011 – Institui no âmbito do Estado da Paraíba o Programa de Inclusão no Mercado de Trabalho de Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa.
  • 409⁄2011 – Institui no Estado da Paraíba o Índice Paraibano de Responsabilidade Social (IPRS) e dá outras providências.
  • 411⁄2011 – Dispõe sobre a obrigatoriedade da rede de farmácias do Estado da Paraíba, que participam do Programa Farmácia Popular, do Governo Federal, afixar em lugar de boa visibilidade, nas suas dependências, a relação dos remédios contemplados pelo programa.
  • 413⁄2011 – Dispõe sobre a proibição de cobrança de taxa por emissão de carnê ou boleto bancário, e dá outras providências.
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ASSESSORIA DE IMPRENSA

domingo, 9 de outubro de 2011

As vítimas de Maranhão e a crise do PMDB‏



É realmente um fenômeno o fato do ex-governador José Maranhão ainda ser o líder mais temido e respeitado dentro do PMDB. Ao longo de vários anos, ele só colecionou vítimas dentro da legenda. Sempre impondo seu próprio tom. Escrevendo suas próprias regras.
Aliás, talvez seja por isso mesmo. É pelo que mal que se conquista o respeito mais rápido. Embora seja pelo bem que ele dure mais tempo.
Somente na última década, quando “ejetou” Ney Suassuna da campanha em 2002, Maranhão foi fazendo vítimas dentro do próprio PMDB, criando uma silenciosa massa de “aliados magoados”.
De Suassuna a Roberto Paulino, de Tarcísio Burity a Trócolli Júnior, até chegar caso mais recente – Gervásio Maia - e, futuramente, em Manoel Júnior, todos sabem o que é conviver com o egocentrismo inato da velha raposa de Araruna.
E quem acha que o ex-governador faz tudo pensando somente no próprio clã está muito enganado. Forçadamente alijado da campanha de 2006, Benjamim Maranhão, que é sobrinho do ex-governador, sabe muito bem do que estou a falar.
O problema é que um dia a corda arrebenta. Como diria Maquiavel, o povo aceita tudo, menos ser oprimido. Assim como os peemedebistas. E a de Maranhão está muito próxima. A decisão do deputado Gervásio Maia permanecer no PMDB, apesar de romper com Maranhão, é um sinal do início da sublevação que está pra acontecer no reinado do ex-governador.
Gervásio quis ficar porque sabe que pode arregimentar um exército de “aliados magoados” dentro do próprio PMDB para impor ao partido uma nova era, onde os novos tomarão lugar dos velhos, numa imensa transição interna que levará Maranhão para a aposentadoria compulsória.
É por isso que Gervasinho resolveu ficar. Pra recrutar figuras como Roberto Paulino e Manoel para a revolução silenciosa.
De Campina Grande, o prefeito Veneziano Vital do Rego não pode – nem deve- desprezar esse novo sentimento.
Corre o risco de ficar falando sozinho dentro da própria casa. 

Marconi

Os 7 pecados da Igreja Católica

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Quais são os motivos que explicam a galopante queda de fiéis, principalmente jovens e mulheres, no maior país católico
Faz cerca de 140 anos que o número de católicos no Brasil segue ladeira abaixo. No século XIX, precisamente em 1872, o conglomerado de brasileiros que se assumia fiel à Igreja Católica beirava a totalidade da população, 99,7%. Durante os 100 anos seguintes, a cada década que se encerrava, aproximadamente 1% abandonava a religião. O índice dessa queda, atualmente, continua o mesmo. Mudou, porém, o fato de ele ocorrer a cada ano. Essa aceleração do declínio foi constatada pela pesquisa “Novo Mapa das Religiões”, realizada pelo Centro de Políticas Sociais da Faculdade Getulio Vargas. Ao processar microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2003 e 2009, os estudiosos, capitaneados pelo economista Marcelo Neri, constataram qu e nesse intervalo de seis anos cerca de 6% da população deixou a religião romana – decresceu de 73,7% para 68,4%. O montante de fiéis que segue atualmente a doutrina preconizada pelo Vaticano é o mais baixo verificado no País. E, pela primeira vez na história, em alguns Estados e capitais da maior nação católica do planeta, o número de adeptos da religião não chega nem à metade dos habitantes (leia quadro). Quais seriam, então, os deslizes patrocinadores da queda do status do catolicismo entre os brasileiros, como as estatísticas não se cansam de mostrar? ISTOÉ recorreu a um colegiado de profissionais da religião, gente que pensa a Igreja, para discorrer sobre os possíveis pecados da Santa Madre. Eis os sete principais confessados.
1 Romanização da Igreja
É cantada em prosa e verso, já há algum tempo, a rejeição dos fiéis contemporâneos a autoridades religiosas que impõem doutrinas e ritos. Imposição, obrigação e restrição são palavras proscritas em um cenário no qual cada vez mais as pessoas se habilitam a estar no comando do próprio destino. A Igreja Católica, no entanto, caminha na direção oposta. Vive um momento de reinstitucionalização de seus fiéis, de os disciplinar para que aprofundem a sua fé. Os bispos defendem um contato maior com os bens religiosos, como missas e novenas. Esse processo preconizado pelo Vaticano é conhecido como romanização do catolicismo. “Bento XVI prefere uma Igreja menor e mais atuante em vez de uma maior sem atuação coerente e consistente”, afirma o cientista da religião Jung Mo Sung, da Universidade Metodista do Estado de São Paulo (Umesp). “A estratégia fortalece o fervor de uma minoria praticante, mas traz uma consequência não intencional da perda de adesão de católicos difusos.”
Esse efeito-rebote, somado à procura cada vez maior da população por curas e milagres que resolvam rapidamente seus problemas, tem levado esses católicos a migrar para outras denominações ou encorpar o grupo dos que fazem contato com o divino sem o intermédio de uma instituição. “A Igreja prefere que as pessoas que buscam soluções imediatas por meio de milagres não permaneçam nela”, diz o teólogo jesuíta João Batista Libanio. Diminui-se o número de católicos, mas, por outro lado, aumenta-se o dos praticantes conscientes.
2 Supermercado católico
Párocos têm relatado que seus templos estão existindo à imagem e semelhança de supermercados. Percebem que é cada vez maior o número de fiéis que procuram a igreja ocasionalmente, em busca de serviços religiosos como casamentos, missas de sétimo dia, batizados e bênçãos de lugares e objetos. Tratado como produto, o casamento, só para citar um dos “bens” católicos, se torna um evento alheio à doutrina. “Há casais que trazem o CD da novela que faz sucesso para tocar na cerimônia. Se você se nega, alguns inconformados batem boca com você, viram as costas e procuram quem o faça”, conta o padre José João da Silva, da paróquia São José Operário, em Itaquera, na zona leste da cidade de São Paulo. “Vivemos uma igreja fast-food.”
Nessa lógica de mercado, missa de sétimo dia tem se transformado em uma grande assembleia de gente que só foi ao templo por conta da ocasião e não está preocupada com o significado do ritual. Quanto aos batizados, explica o cônego Celso Pedro da Silva, da paróquia Santa Rita de Cássia, do Pari, zona norte de São Paulo, a Igreja supõe que quem quer que o filho se insira nela antes do uso da razão o faz porque dela faz parte e aceita suas regras. “O mesmo vale para a primeira comunhão, mas muitos pais não têm vínculos efetivos, nem foram casados na Igreja”, diz ele. “Acredito que uma dificuldade do catolicismo seja saber que o povo católico não é evangelizado e, mesmo assim, se comportar na prática como se ele fosse”, diz o cônego. O padre João Carlos Almeida, teólogo e diretor da Faculdade Dehon iana (SP), foi vigário paroquial no Santuário São Judas Tadeu, na capital paulista, por três anos. E conta que passava quase o dia todo atendendo a confissões e abençoando automóveis. “Muita gente trazia seu carro recém-comprado para ser benzido e ia embora. Poucos rezavam ou participavam de uma missa”, lembra. Com a oferta religiosa na vitrine, católicos assistem a seus fiéis se afastando dos vínculos espirituais.
3 Fuga de mulheres
Está lá no “Novo Mapa das Religiões”. Entre as 25 denominações pesquisadas, apenas no catolicismo a mulher não constitui a maioria dos adeptos (leia quadro à pág. 70). Entre evangélicos, espíritas, religiões de matriz africana, oriental e asiática, elas superam os fiéis do sexo masculino. As católicas, porém, são cerca de 67,9%, enquanto os homens são 68,9%. Neri, o organizador do estudo da FGV, atribui o resultado, entre outras interpretações, ao fato de as alterações no estilo de vida feminino ocorridas nos últimos 30 anos não terem encontrado eco na doutrina católica, menos afeita a mudanças. De fato, seguem engessadas na Igreja, só para citar três tabus, as questões sobre os métodos contraceptivos, o divórcio e o aborto.
De acordo com o teólogo Jorge Cláudio Ribeiro, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), o catolicismo não gosta da mulher. “Ao que parece, elas, mal-amadas que são pela Igreja, estão se autorizando a não gostar da religião, a reagir”, diz ele. Seu colega de PUC, o padre e psicólogo João Edénio dos Reis Valle, afirma não ter dúvida de que a questão de gênero pesa na constante diminuição do número de católicos no País. “Ela pesa em especial nas mulheres de classes mais instruídas e em melhor posição socioeconômica”, afirma. “Essas não só percebem como discutem e não aceitam as posições da Igreja em relação a uma série de questões que as afetam.” E conclui discorrendo sobre a não participação clerical feminina. “Elas reivindicam um papel novo e ativo na vida da instituição.”
4 Escândalo de pedofilia
Em 2002, um grupo de mais de 500 pessoas levou à Justiça americana denúncias de abusos sexuais cometidos por sacerdotes e membros da arquidiocese de Boston, nos Estados Unidos. Esse escândalo foi a chama que fez arder uma fogueira de denúncias mundo afora, inclusive no Brasil. Na Irlanda, só para dar a dimensão do problema, a pedofilia acobertada por seis décadas pela hierarquia católica local foi tachada pela Anistia Internacional como o maior crime contra os direitos humanos já registrado na história daquele país. Para uma instituição que tem como bandeira a verdade sobre o mundo, ser atingida por problemas éticos que constituem crime representou um duro golpe. E a mazela dos escândalos de abuso sexual envolvendo crianças afastou muitos simpatizantes do catolicismo. É o que defende o cientista da religiã o Sung. “O militante não terá sua fé abalada. Mas os que se sentiam católicos por uma afinidade de infância ou inspirados em alguma figura pública podem ter deixado de ser por causa desses fatos.”
Para piorar, a Igreja não foi hábil na cicatrização da ferida. “Ela trabalhou a questão na base do segredo e do corporativismo. A lógica interna de uma instituição que se protege e não ventila o problema levou a ampliar o fenômeno, tornando-o uma sensação nos meios de comunicação”, afirma a socióloga da religião Brenda Carranza, da PUC de Campinas. Só há pouco tempo Bento XVI decidiu ordenar que os bispos abrissem normativas internas contra padres suspeitos de ser pedófilos e informassem as autoridades civis. Em setembro, ao visitar sua terra natal, a Alemanha, que perdeu 180 mil adeptos no ano passado por conta dos abusos sexuais praticados por sacerdotes, disse: “Posso compreender que, em vista de tais informações, alguém diga: ‘Esta já não é a minha Igreja.’”
5 Ausência de lideranças
Dom Hélder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife, falecido em 1999 aos 90 anos, foi quatro vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Grande defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar brasileira, homem de vida simples que morava no quartinho de uma sacristia no Recife, ele foi um expoente internacional da Igreja Católica. Multidões se mobilizaram ao seu redor, no Brasil e na Europa, para ouvi-lo. Atualmente, porém, não há entre o colegiado católico nacional símbolos como dom Hélder, capaz de cooptar fiéis por meio do exemplo. “Numa sociedade moderna, em que a adesão à religião acontece por opção pessoal, é preciso que haja nomes admirados publicamente”, diz Sung, da Umesp. As grandes figuras católicas da atualidade são os padres cantores. Eles, porém, fazem eco entre os católicos militantes, explica Sung, mas não são referência para setores não atuantes do catolicismo. A Igreja deixou de ser representativa entre os brasileiros como algo a ser admirado há quase duas décadas. Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal emérito de São Paulo que lutou contra a tortura e os maus-tratos a presos políticos durante a ditadura, e uma dessas figuras que inspiraram muitos católicos, se aposentou em 1998. “Dom Paulo é uma personalidade que enfrentou um regime militar, criava afinidade entre o povo e a instituição”, afirma o padre Libanio. Aos 90 anos, Arns vive recluso em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, enquanto sacerdotes empunham microfones para cantar e fazer coreografias de suas músicas no altar.
6 Comunicação centralizada
Há comunidades dentro do catolicismo que lançam mão de tecnologias para se relacionar com os jovens. Elas têm escancarado à Igreja, segundo a socióloga da religião Brenda, que não é mais possível seguir com a ideia de que o fiel se encontra na paróquia. Estabelecida em sua maioria em grandes centros urbanos, essa turma mais nova sofre com o impacto da mobilidade, do crescimento acelerado, do consumo exacerbado, enfim, elementos que a fazem estabelecer relação com a crença muitas vezes a distância. Para a professora da PUC, a noção de participação das novas gerações urbanas é pautada pela afinidade. O jovem busca uma instituição quando se identifica com ela, independentemente da proximidade física. “Mas a noção da Igreja de paróquia é territorial”, diz Brenda. Para o padre Libanio, enxergar as demandas da população e repensar até onde a religião pode ir na direção delas é o caminho para o futuro do catolicismo. “Os fiéis querem aquilo que os satisfaz e têm buscado muito o mundo virtual”, diz ele. “A Igreja Católica tem de repensar a sua estrutura paroquial.”
7 Perda de identidade social
Houve um tempo, em muitas cidades do interior do País principalmente, que frequentar uma igreja era condição obrigatória para quem quisesse engatar um relacionamento amoroso sério. Quantos garotos não foram riscados por potenciais sogras da lista de pretendentes pelo fato de não irem à missa? Assumir-se membro de uma entidade religiosa – católica, de preferência – conferia pertençer a um grupo social. Diante da pressão para uma definição religiosa, muita gente tendia a assumir a crença na qual havia sido batizado, mesmo que exercitasse também a sua fé em terreiros de umbanda ou centros espíritas. “Católico era o imenso guarda-chuva cultural e religioso que permitia o trânsito espiritual”, diz Brenda Carranza, da PUC. Com a disseminação do processo de secularização no campo religioso nacional, essa prática foi ficando obsoleta. A possibilidade de expressar a fé livre de preconceitos tem feito com que cada vez mais os brasileiros, quando submetidos a censos, assumam que não seguem os dogmas defendidos pela Santa Sé ou mesmo nenhum credo – daí o grupo dos sem-religião também estar em crescimento. O catolicismo, então, perdeu a status de produtor de identidade social.

REVISTA ISTO É

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Plano de Ricardo Coutinho prevê 15 escolas técnicas‏



O governador Ricardo Coutinho (PSB) entregou, ontem, em Brasília, cópia do Plano de Expansão, Interiorização e Fortalecimento da Educação Profissional da Paraíba ao ministro da Educação, Fernando Haddad. O ministro determinou prioridade da equipe técnica na análise e aprovação do projeto, para que seja possível a celebração dos convêni os ainda este ano.
O plano prevê a construção de 15 escolas técnicas em tempo integral nos municípios de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Mamanguape, Guarabira, Itabaiana, Campina Grande, Cuité, Monteiro, Patos, Itaporanga, São Bento, Cajazeiras, Sousa, Princesa Isabel. Ainda dentro do plano, mais sete escolas de ensino médio serão adequadas para a educação profissional no ano letivo de 2012, em Bananeiras, Cajazeiras, Guarabira, Patos, Pombal, Serra Branca e Sousa.
A proposta consiste na formação e no incremento de mão-de-obra qualificada, com vistas à inserção no mercado de trabalho de milhares de paraibanos, em todas as regiões. Na visão do governador, a Paraíba precisa preparar seus cidadãos para o ingresso no mercado de trabalho - mas, sem a devida qualificação profissional, isso não será possível. “Estamos nos esforçando para a geração de emprego e renda e para incrementar o desenvolvimento do Estado. Para tanto, temos de preparar e requalificar a população, principalmente os que procuram o primeiro emprego”, disse.
O ministro Fernando Haddad, por sua vez, elogiou a agilidade do Governo da Paraíba na elaboração da proposta e na disponibilização das áreas e cidades contempladas com a construção das 15 escolas. “O governador Ricardo Coutinho nos apresentou uma proposta consistente e bem elaborada para a construção de escolas técnicas. Nossa determinação é dar prioridade absoluta à análise e à aprovação dos projetos, a fim de que possamos, até o final do ano, efetivar a celebração dos convênios do Brasil Profissionalizado”, destacou.
Durante a audiência o governador esteve acompanhado do secretário executivo do PAC na Paraíba, Ricardo Barbosa. Também participaram da audiência o secretário executivo do MEC, José Henrique Paim; do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), José Carlos Dias Freitas; e do coordenador-geral de projetos especiais do MEC, Marcelo Pedra.

Marconi

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

UMA VERGONHA PARA A PARAÍBA E PARA O BRASIL QUE DURA A 1 ANO - Ministro só retorna ao STF em dezembro e posse de Cássio deve acontecer em 2012‏

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O colunista da revista Veja, Lauro Jardin, disse na sua coluna semanal que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa só deve retornar aos trabalhos em dezembro. Dessa forma, os recursos que ainda impedem aposse de Cássio Cunha Lima (PSDB) no Senado Federal só deve ser apreciados no próximo ano.
“Barbosa, que se submeteu a uma cirurgia em junho, tem dito aos mais próximos que não retornará às sessões do STF tão cedo quanto gostaria. Não quer voltar ao plenário sem conseguir suportar sentado as sessões — o que daria munição aos ministros que defendem sua aposentadoria. Por isso, seu regresso deve ficar para dezembro”, diz a nota do colunista.
Nesta segunda-feira (3) se completa um ano que Cássio foi eleito senador pela Paraíba com mais de um milhão de votos.

Marconi

A Xoxota‏

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Não confirmo mas acredito que o cartaz apenso esteja escrito em "português do brasil", uma língua diferente do "português de portugal" que os alguns burocratas querem fazer crer que é a mesma língua. Se fosse a mesma língua, eu não precisaria de ajuda na tradução. Desde já agradeço.