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sábado, 30 de julho de 2011

DEBATE HISTÓRICO‏



É justo condenar João Dantas pela morte de João Pessoa e esquecer o motivo?
O jornalista Heron Cid faz uma análise dos fatos em sua nova coluna

Por mais que as emoções, e o desfecho trágico dos fatos, nos levem a condenar veementemente a atitude vil de João Dantas de tirar a vida do presidente João Pessoa por vingança, fica um questionamento: seria justo apenas condenar o assassino, esquecendo o que motivou o crime e que foi seu responsável?
Analisando essa questão, o jornalista Heron Cid publicou em sua coluna desta terça-feira (26) uma análise dos fatos, rememorando as cenas e circunstâncias que culminaram no crime que mudou a história do país.
O colunista comparou a atitude dos dois personagens principais “Se Dantas entrou para a história pelo gesto frio e imperdoável do assassinato do seu inimigo, João Pessoa maculou sua trajetória com um gesto próprio dos covardes. Dois maus exemplos: um no campo da consciência privada e outro na vida pública.”
Legados de covardia
Heron Cid é jornalista graduado pela UFPB. Filho de Marizópolis, no Sertão da Paraíba, começou na Rádio Jornal AM, em Sousa, foi repórter de política do Correio Debate (Correio Sat), apresentador dos programas Jornal da Correio e Correio Verdade, da TV Correio. Atualmente é um dos apresentadores do Correio Debate (Correio Sat), comentarista do quadro Pingo Quente, da TV Correio, colunista político do Jornal Correio da Paraíba e fundador e diretor geral do Portal MaisPB. heroncid@maispb.com.br
O ato repulsivo do advogado João Dantas, que fez do ex-presidente João Pessoa um mártir da história política paraibana, deve ser sempre repudiado. Não é com revólver em punho ou utilizando do arroubo físico que se recupera a honra vilipendiada.
João Dantas errou. Sujou as mãos e sua biografia de sangue. Mas a história mostra que o propulsor da Revolução de 30 também enveredou pela obscuridade, embora essa mesma história privilegie a versão épica de João Pessoa.
Nas homenagens pela morte do ex-presidente da Paraíba, em memória de seu nome e contribuição ao Estado, não se pode, porém, fazer vista grossa ao deslize grosseiro cometido por um homem que chegou ser candidato a vice-presidente.
Obstinado pelo objetivo de desmoralizar de qualquer forma um adversário e desafeto político, João Pessoa, responsável por rupturas no modelo de governo da época, utilizou a força de seu próprio Governo para fins pessoais e nada republicanos.
Relatos históricos apontam a responsabilidade do então presidente pela operação policial que invadiu o escritório particular de João Dantas, recolheu documentos comprometedores da vida privada do advogado e sua amante, Anayde Beiriz, e escancarou as intimidades do casal na imprensa oficial.
Se Dantas entrou para a história pelo gesto frio e imperdoável do assassinato do seu inimigo, João Pessoa maculou sua trajetória com um gesto próprio dos covardes. Dois maus exemplos: um no campo da consciência privada e outro na vida pública.
Sucessão… – O manifesto público do poeta Ronaldo Cunha Lima era um sinal de forte valor simbólico esperado pelo deputado Romero Rodrigues (PSDB).

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