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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

VOLTOU O APAGÃO


Em 18 Estados da Republica Federativa do Brasil, e ainda no Distrito Federal voltou a acontecer o famoso Apagão de energia elétrica no decorrer desta noite.
Os responsáveis da barragem de Itaipu, situada na fronteira com o Paraguai, dizem que os problemas que se verificaram não tiveram responsabilidade sua, embora a barragem tenha tido uma pane total, e seja por si só responsável por mais de 20% da energia elétrica consumida no Brasil, e de muita energia consumida no Paraguai.
Alguns responsáveis ou; melhor dizendo, irresponsáveis, dizem que as linhas de transmissão é que são as grandes responsáveis pelos problemas ocorridos. Problemas que á hora que publico este post ainda fazem sentir os seus efeitos um pouco por todo o Brasil, como noticiam as mais diversa cadeias de TV.
Qualquer simples leigo sabe que as linhas de transmissão, por si só, não podem ser responsáveis por uma catástrofe desta grandiosidade.
Agora só falta escutar o que o Governo da Republica Federativa nos tem para dizer sobre o assunto, uma vez que algumas sumidades afirmaram em devido tempo, batendo no peito, que jamais voltaria a acontecer um apagão elétrico no Brasil.
Uma coisa é certa: o Apagão voltou a gerar a chamada bagunça nacional, com alguns sectores a terem graves problemas como, por exemplo, os hospitais que não dispõem de um equipamento dos mais básicos que se pode ter, como geradores, e o abastecimento de água, a centenas de localidades, está comprometido á horas.
Em São Paulo, uma das maiores metrópoles do Mundo, o engarrafamento de transito devido ao inviável funcionamento dos semáforos atinge 110 km, o dobro do normal, e a pergunta que fica é quantos mais km de bagulho existem pelo Brasil fora nos 18 Estados afetados e no Distrito Federal.
O caos gerado por este novo e extraordinário Apagão dura á horas, um pouco em cada canto do Brasil, sem que exista uma linha de raciocínio que decida arranjar alternativas para quando ocorre uma situação deste tipo, nomeadamente centrais termoelétricas e outros meios de sustentação.
Um País como o Brasil, com a sua grandeza e importância e que se quer de primeira linha, que vai acolher um Campeonato Mundial de Futebol e uns Jogos Olímpicos não pode ficar dependente em termos energéticos de um simples colapso de uma das suas usinas geradoras de energia elétrica.
O presidente das 51, não pode continuar a dizer por cada botequim onde pára que jamais em tempo algum..., pois sabe, ou pelo menos deveria conscientemente saber perfeitamente que os fatos deste tipo acontecem a cada minuto, com ou sem os efeitos da cachaça...
Cá para mim os responsáveis de Itaipu, desta vez, devem ter abusado, e bem da cachaça!!!...
Ou será que existe falta de condigna manutenção nas 20 geradoras elétricas e restante equipamento envolvente, e tal como no voo da TAM, em que aculpa é de todos e de ninguém, mas que fez dezenas de mortos, a culpa vai morrer solteira...
Desta feita; o Apagão elétrico voltou, e o povão do Brasil é que se lascou, e mais uma vez, para não variar muito!!!

14 comentários:

  1. Esta informação recolhida á poucos minutos (2009-11-12) não corresponde totalmente á verdade pois não foram 12 mas sim 18 os Estados afectados, e por outro lado a questão tecnica apresentada como responsavel, não o é na totalidade.

    Muito ainda fica por dizer sobre o assunto.

    Há pouco o diretor do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Eduardo Barata, disse em entrevista ao jornal da Globo News que apenas Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro continuam sem luz, dos 12 estados - mais o Distrito Federal, atingidos pelo blecaute.

    Em Minas Gerais o problema ainda é parcial, afirma o diretor. A informação é de que aos poucos a energia será restabelecida, porque hidrelétrica de Itaipu já voltou a operar normalmente.

    Segundo o Ministério de Minas e Energia houve um desligamento completo da usina de devido a uma falha das linhas abastecidas por Furnas.

    Também em entrevista a sites de São Paulo, o ministro Edson Lobão disse que os técnicos ainda estão analisando detalhes do problema. Ele garante que o blecaute não foi provocado por falta de qualidade do sistema, “como no passado”.

    Ao Portal IG, Lobão assegurou que “o sistema é bom, funciona bem, é confiável e seguro.”

    O ministro diz que a prioridade agora é restabelecer o fornecimento, o que deve durar no máximo 3 horas, afirma.

    “ Vamos tomar todas as providências necessárias para religar o sistema. A usina de Itaipu, que havia sido desligada, já está religada. Agora temos que ver como fazer o sistema de transmissão voltar a funcionar.”

    O apagão atingiu Acre, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, Roraima e o Distrito Federal, além do Paraguai. In: Campo Grande News

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  2. Miriam Leitão: Sistema de proteção de linhas de transmissão não funcionou

    Eu ouvi quem entende do assunto. Especialistas técnicos disseram que o sistema brasileiro tem mecanismos para prevenir que o problema se propague e tem mecanismos para remediar, ou seja, fazer com que a energia volte rapidamente. Nada disso funcionou.

    O fato é que, segundo a usina de Itaipu, entre o primeiro problema e o segundo, às 22h13, até a hora em que a usina recebeu a informação do Operador Nacional do Sistema (ONS) de que estava 100%, às 5h15, passaram sete horas e dois minutos. Demorou demais. O sistema não funcionou. Não conseguiu prevenir ou remediar rapidamente.

    Outro problema é que o governo demorou demais a dar uma explicação, o que mostra falta de coordenação do sistema.

    Olhando para o futuro, os técnicos ficam ainda mais assustados. Acham que as hidrelétricas que estão sendo construídas no Rio Madeira, no Amazonas, exigirão linhões de dois mil quilômetros para interligar o sistema. Vai aumentar a vulnerabilidade do sistema.

    Para eles, a interligação deveria ser contrabalançada por alguma descentralização com energias alternativas.

    Houve quem comparasse esse apagão com o que aconteceu em 2001. Mas isso não tem fundamento. Em 2001, houve um racionamento. Agora foi evento – que precisa de explicação, que mostra a vulnerabilidade do sistema, mas um evento. Não é o começo de um longo período de sofrimento e redução de consumo, como foi naquela época.

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  3. Falta de energia prejudica abastecimento de água de grandes cidades
    Moradores de São Paulo e Rio de Janeiro têm que poupar nos próximos dias.

    Primeiro faltou luz. Agora, falta água. Em São Paulo, 2,5 de pessoas estão poupando cada gota. A falta de abastecimento atingiu escolas, hospitais, restaurantes, residências - a estrutura básica da cidade.

    O fornecimento de água deve voltar ao normal ainda hoje, segundo a Sabesp, a companhia de abastecimento de água. Mas ainda tem muita gente sem abastecimento na capital paulista: estima-se que são 300 mil. O superintendente de produção da região metropolitana, Hélio Castro, explica a relação entre a energia elétrica e a água.

    Por causa do apagão, centenas de vacinas estragaram na geladeira de um posto de saúde em São José dos Campos, no interior do estado, e acabaram no lixo.

    Sistema parado no Rio de Janeiro

    Na Estação de Tratamento de Guandu, na Baixada Fluminense, 95% do sistema estão normalizados, mas a distribuição só deve ser restabelecida na sexta-feira à noite. A Cedae, empresa de abastecimento do estado, informou que alguns bairros também ficaram sem fornecimento. Mesmo nas áreas onde a situação já foi normalizada, a ordem é poupar água nos próximos dias.

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  4. Governo diz que apagão foi causado por raios
    Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, classificou o blecaute como acidente.

    O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o apagão foi um acidente. Não é a primeira vez que nós ouvimos essa explicação. Lembra do raio que caiu em Bauru, o culpado pelo apagão de 1999? É por isso que fica a dúvida: o atual sistema, tão elogiado pelo ministro de Minas e Energia, por todo o governo, não resiste a intempéries, a catástrofes? Novos apagões podem acontecer?

    Para o governo, foi culpa de um fenômeno climático. “Foi episódio que Deus queira não voltará a acontecer. Avião também cai. Sistema elétrico em todo mundo tem seus defeitos e acidentes. Podemos considerar que houve um acidente”, apontou o ministro das Minas e Energia Edison Lobão.

    Segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, não houve erro. O que as autoridades dizem é que o sistema reagiu diante de um curto-circuito. A descarga teria desligado três linhas de transmissão de Itaipu. A rede, que é interligada, entrou em alerta e teria desarmado, na mesma hora, outras linhas para evitar que o problema se espalhasse. Imediatamente, três usinas foram acionadas para fornecer energia no lugar de Itaipu e compensar a falha.

    Mesmo assim, caiu 40% da carga consumida no Brasil. A falha teria começado em São Paulo: na cidade de Itaberá. O estado todo ficou no escuro. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, a mesma coisa. Transtorno parcial em outros 15 estados.

    “Se quiséssemos sistema perfeito onde nunca vai faltar energia, teríamos que pagar uma tarifa combatível, que seria absurdamente impossível para a população de qualquer país”, diz o diretor da Aneel Nelson Hubner.

    Itaipu tem cinco linhas de transmissão. Duas levam a energia para Ibiúna, em São Paulo e, de lá, para o resto do país. As outras três linhas passam pelo Paraná e interior de São Paulo. A hidrelétrica sozinha fornece 19% da energia consumida no Brasil. Nos próximos três anos, outras usinas devem começar a funcionar para reforçar a segurança do sistema.

    “É uma região onde você tem muitos raios. Tem uma série de dispositivos, mecanismos que fazem com que você aguente esse tranco. Só que às vezes essas descargas são muito elevadas. Então, como nesse caso atingiu três sistemas, realmente foi demasiado, o sistema não aguenta”, aponta o professor Ronaldo Bicalho, do Instituto de Economia da UFRJ.

    O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, insistiu que o problema não foi por falta de investimentos. Segundo ele, com Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 300 bilhões serão usados em obras na área de energia.

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  5. O apagão ocorrido na noite desta terça-feira no Rio prejudicou também o sistema de abastecimento de água na cidade. Em razão disso, o presidente da Cedae, Wagner Victer, pediu à população fluminense que economize água nas próximas 48 horas.

    Segundo o executivo, os três grandes sistemas que pegam a região metropolitana, o Guandu, Ribeirão das Lages, que pega Rio de Janeiro, Baixada e Zona Oeste, e o sistema Laranjal, que pega São Gonçalo e Niterói foram paralisados integralmente durante toda a noite até a madrugada desta quarta-feira, ocasionando assim uma paralisação integral em todo o sistema de produção de água do Rio de Janeiro.

    – Afetou integralmente e de maneira muito profunda –, afirmou Victer.

    Ainda de acordo com o presidente da companhia, todos os sistemas voltaram a funcionar. –Agora, para que a linha de funcionamento volte a produzir água, nós temos que ter um processo de enchimento das linhas e uma retomada do sistema progressivamente –, disse.

    Segundo Victer, todas as regiões do Rio de Janeiro, sem qualquer exceção, foram afetadas. – Por isso que é recomendável, pelo menos nesse período, as pessoas continuarem em 48 horas, 72 horas, economizando água, porque faz com que o sistema volte mais rapidamente em funcionamento pleno. O processo de retomada de enchimento de reservatórios é lento e nós temos que fazer com todo o cuidado para não ter outros impactos –, recomendou o executivo.
    In: Jornal Correio do Brasil

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  6. Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão conversou na manhã desta quarta-feira, por telefone, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para informá-lo sobre os procedimentos adotados para identificar as causas do apagão ocorrido na noite passada e definir que Estados foram realmente afetados. Lobão também tranquilizou o presidente sobre o restabelecimento do fornecimento de energia elétrica em todo o país. As informações são da assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia.

    Técnicos do setor de energia elétrica seguem tentando apurar as causas da falta generalizada de energia e nas próximas horas, o ministro Edison Lobão se reúne com o Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico para ouvir as conclusões sobre o problema e discutir medidas a serem adotadas para evitar que se repita. O Conselho é presidido pelo ministro de Minas e Energia e integrado por representantes do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

    O blecaute ocorreu em função de um desligamento na Usina Hidrelétrica de Itaipu e atingiu vários estados do país e também o Paraguai. A causa provável, segundo Edison Lobão, teria sido um fenômeno atmosférico.

    Cobranças

    No Congresso, a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (SC), respondeu pela manhã a iniciativa da oposição de pedir informações ao governo sobre o episódio do apagão. Ela afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, têm todo o interesse de esclarecer à sociedade o que ocorreu. Entretanto, isso só pode ser feito depois de apuradas as razões do blecaute, o que já está ocorrendo, segundo ela.

    Continua ...

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  7. Continuação...

    Sobre a tentativa de a oposição querer vincular o nome de Dilma Rousseff a uma eventual crise no sistema por ela já ter ocupado a pasta de Minas e Energia, Ideli defendeu a ministra da Casa Civil:

    – Quando Dilma foi ministra, não tivemos apagão.

    O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), apresentou requerimento, à Mesa Diretora, para que os ex-ministros de Minas e Energia Silas Rondeau e Dilma Rousseff e o atual, Edison Lobão, expliquem os investimentos feitos no setor energético durante todo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    A atitude da oposição, também segundo o ministro da Justiça, Tarso Genro, trata-se de um equívoco.

    – Acho que eles estão comparando uma catástrofe com um tropeção na distribuição de energia. Acho que é mais um equívoco que eles vão cometer como oposição – disse ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas no Itamaraty, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se com o presidente de Israel, Shimon Peres.

    Segundo Tarso Genro, a falta de energia elétrica não causou qualquer prejuízo ao sistema de segurança pública e aos presídios federais.

    – Os presídios federais funcionam de uma maneira estável, absolutamente controlada, sem nenhuma possibilidade de utilização desse incidente para causar algum tipo de desordem – avaliou.

    Explicações

    Para o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, o apagão elétrico ocorrido em 18 Estados na noite passada necessita de uma explicação “precisa” das autoridades como forma de evitar especulações ou qualquer tipo de insegurança na população. O ministro admitiu que diante um problema de tamanha dimensão não existe alternativa para substituir o fornecimento de Itaipu. Mesmo fazendo questão de deixar claro que não é especialista no assunto, Bernardo disse que a Região Sudeste tem mais 30% da capacidade energética fornecida pela usina de Itaipu.

    Continua ...

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  8. Continuação...

    Ele rebateu críticas de que o sistema poderia ter sido substituído por termoelétricas na hora do apagão, para fornecer a energia necessária às regiões atingidas. Paulo Bernardo explicou que nenhum outro mecanismo naquele momento seria capaz de compensar o fornecimento de Itaipu.

    – Na hora que caiu, as outras não seguraram – afirmou.

    O ministro também não quis arriscar um palpite sobre a pane no sistema elétrico, mas descartou problemas na linha de transmissão pois, segundo ele, se a linha tivesse sido danificada, a eletricidade não teria voltado mais tarde. Bernardo disse ainda que o apagão não foi ocasionado por problema de geração já que esteve na região há dez dias e constatou que as usinas jogam água pelos vertedouros em consequência do volume armazenado nas represas.

    – A capacidade de geração está intacta e tem água sobrando. Isso é generalizado na região em todas as hidrelétricas da bacia do Paraná – rebateu.

    Como os técnicos passaram a noite na tentativa de restabelecer o abastecimento de energia, somente nas próximas horas poderão se dedicar à análise dos eventos e aos dados armazenadas nos computadores, já que o sistema é todo informatizado e pode fornecer informações sobre onde começou o problema, disse o ministro. Ele negou também problemas de investimento no setor e disse que o sistema funciona normalmente. Paulo Bernardo destacou que um acidente ninguém pode dizer que não irá acontecer.

    Fragilidade

    O apagão também se transformou em pauta no Senado. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse que o episódio demonstra “uma certa fragilidade” do sistema energético. Para ele, o problema torna-se mais sério por envolver uma hidrelétrica do porte de Itaipu, que tem uma das tecnologias mais avançadas. Sarney considera equivocada qualquer comparação do episódio de ontem com a crise do setor energético em 2001. Segundo ele, o que ocorreu foi “um acidente”. O presidente do Senado ressaltou, entretanto, que cabe um debate amplo que envolva, além do setor produtivo, a modernização de equipamento e as relações de consumo.

    Com o presidente da Casa, que não é especialista no assunto, concorda o consultor Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura. Ele acredita que o apagão que atingiu o país na noite passada mostra a necessidade de investimentos no setor elétrico para que os brasileiros não fiquem reféns de acidentes como o que parece ter provocado a falta de abastecimento de energia.

    continua ...

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  9. Continuação ...

    Ainda sem uma causa oficial conhecida, Pires disse que várias hipóteses podem ter provocado o acidente, mas afastou problemas meteorológicos ou queda de linhas de transmissão de Furnas, já que tanto a empresa como a meteorologia já descartaram essas possibilidades. Pires disse que o país precisa modernizar a gestão das linhas de transmissão, principalmente as de longa distância como as de Itaipu, para que no momento de um acidente o problema seja equacionado antes de afetar tantas cidades.

    – As linhas de transmissão muito longas no Brasil são muito mal administradas. Em 1999 houve um evento igual ao de ontem (terça-feira), na época falaram de raio, vamos ver o que vão falar agora – disse Pires aos jornalistas.

    Ele lembrou que – com a retomada da economia e o aumento de temperatura, "com reportagens mostrando que já está faltando ar condicionado para vender" – a sobrecarga pode ter causado algum problema técnico, mas que com uma gestão mais eficiente o apagão poderia ter sido restrito a uma região.

    – Isso mostra que o Brasil está muito vulnerável, você não pode deixar um país com a dimensão do Brasil refém de acidentes – acrescentou.

    Pires ressaltou que em breve o país vai receber mais uma linha de transmissão de longa distância no rio Madeira, das usinas de Santo Antonio e Jirau.

    – Daqui a pouco vamos ter a linha do Madeira, também de longa distância. É preciso modernizar para quando tiver eventos desse tipo se consiga isolar o acidente e não afetar o Brasil inteiro – avaliou.

    O Operador Nacional do Sistema (ONS) disse que não há motivo para ter ocorrido uma sobrecarga no Sistema Interligado Nacional, já que no horário de início do apagão – pouco depois das 22h – as indústrias estavam desligadas. O órgão ainda não tem uma posição oficial sobre a falta de energia que atingiu 18 Estados brasileiros, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste.

    Segundo o secretário-executivo do Ministério de Minas de Energia, Márcio Zimmermann, três linhas de Furnas saíram do sistema, mas ainda não foi revelada a causa. A empresa, no entanto, informou nesta quarta-feira que nenhuma linha foi danificada e que está operando normalmente. O apagão durou cerca de 5 horas.

    Transmissão normal

    A empresa Furnas Centrais Elétricas informou em nota, nesta quarta-feira à tarde, que suas linhas de transmissão que ligam a Usina de Itaipu ao Sistema Interligado Nacional (SIN) estão operando normalmente e que não foi identificado qualquer dano nos circuitos e torres de transmissão. Na noite passada, uma pane paralisou a Usina Hidrelétrica de Itaipu, causando um apagão de quase três horas em dez estados brasileiros e também no Paraguai. O Rio de Janeiro foi o mais castigado.

    A nota de Furnas diz, ainda, que o ONS está apurando as causas do blecaute. "As informações sobre o evento ainda estão sendo coletadas e processadas e, portanto, qualquer diagnóstico neste momento é puramente especulativo", afirma o comunicado.

    In; Jornal Correio do Brasil

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  10. Consumidores devem procurar ressarcimento junto à companhia de energia

    Os consumidores que se sentiram lesados pelo apagão que afetou parte do País, nesta terça-feira (10/11), devem procurar uma agência da distribuidora de energia para dar início ao procedimento de ressarcimento. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), as pessoas têm até 90 dias para se queixarem formalmente, já o CDC (Código de Defesa do Consumidor) prevê a reparação pelos danos causados em até cinco anos.

    Por via das dúvidas, segundo o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB São Caetano, Sergio Tannuri, é indicado procurar um posto da Eletropaulo (companhia que abastece o ABC) o quanto antes. “A distribuidora terá 10 dias corridos (contados da data do pedido de ressarcimento) para a inspeção e vistoria do aparelho. Nos casos em que o equipamento danificado for utilizado para conservar alimentos perecíveis ou medicamentos, o prazo para inspeção e vistoria é de um dia útil. Com isso, a empresa terá 15 dias corridos para informar se o pedido será aceito”, explica.

    Se a solicitação for aceita, os consumidores poderão ser ressarcidos em dinheiro, conserto ou com a substituição do equipamento danificado. O prazo para reparo é de 20 dias corridos a partir da data da resposta da empresa. “Se a solicitação de ressarcimento não for aceita, a empresa deverá fornecer uma justificativa por escrito e de posse disso o consumidor pode procurar a justiça para pedir uma indenização nos casos em que não se deu por satisfeito”, destaca.

    Um componente que pode dificultar a vida do consumidor para que o ressarcimento seja realizado é a exigência por parte das companhias da nota fiscal do produto danificado. “Aconselho sempre o consumidor a ter a nota fiscal do produto, mas isso não exime o dever de indenização da empresa. Se o consumidor provar que é dele deve receber o ressarcimento”, enfatiza Tannuri.

    Ainda de acordo com o advogado, a reclamação do consumidor pode ser feita por qualquer canal disponível da concessionária, seja carta, telefone, internet ou e-mail. Caso as pessoas não sejam atendidas devem buscar o Procon.

    Prejuízo
    Exatos 15 litros de sorvete foi o prejuízo contabilizado pelo gerente Carlos Eduardo Correa, da Fratello - Sorvetes Artesanais, localizada em Santo André, com o blecaute desta terça-feira. “O estrago só não foi maior porque vim até a loja a uma da manhã para transportar alguns sorvetes para outro freezer em outra loja que conserva por mais tempo”, conta. Em valores, a perda representa cerca de R$ 130, valor que não moverá Correa a reivindicar um reembolso. “Nem vou atrás do prejuízo, não compensa a dor de cabeça, mas se fosse maior correria atrás com certeza”, revela.

    A dona de casa, Maria Aparecida Manoel, também admitiu que não pretende pedir uma indenização pela sua televisão queimada. “Já tive uma experiência antes com uma descarga elétrica no poste em frente de casa e sei que é muita burocracia até resolver o problema. Além disso, eles exigem nota fiscal e como a TV é muito antiga, não tenho”, diz. (Colaborou Natália Fernandjes)

    In: ABC

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  11. Brasil às escuras à mercê do crime

    A varias simultâneas em três centrais eléctricas de distribuição deixaram 19 dos 27 estados do Brasil, entre os quais a cidade-estado de Brasília e os dois mais populosos, São Paulo e Rio, na total escuridão das 22h00 de terça até, em alguns casos, ao amanhecer de ontem. O apagão, que se estendeu até ao Paraguai, deixou edifícios sem luz, água, telefones e elevadores. Nas ruas, a situação foi dramática, principalmente nas grandes cidades, onde os transeuntes passaram a ser presas fáceis de criminosos.


    Não há dados fiáveis sobre a criminalidade durante o apagão, pois as esquadras, sem gerador, como no Rio, não podiam registar as queixas, e falharam até os telefones de emergência e telemóveis. Mas há relatos de arrastões em várias zonas da capital carioca. Em São Paulo, só na primeira hora de escuridão a polícia recebeu 2441 pedidos de socorro e há relatos de inúmeros assaltos à mão armada, inclusive com morte.

    Milhares de pessoas procuraram protecção caminhando em grupo. Tal como aconteceu em outras cidades, o metropolitano paulista parou, e as estações, que têm segurança própria, transformaram-se em abrigos subterrâneos. Muitos hospitais deixaram de atender e em vários foi preciso transferir pacientes.

    Ontem à tarde, pelo menos dez bairros do Rio de Janeiro continuavam sem semáforos e havia grandes congestionamentos, falhas de luz e também de água. Em São Paulo, 6,7 milhões de pessoas acordaram sem água e o trânsito manteve-se caótico ao longo do dia.

    PORMENORES

    FALTA DE INVESTIMENTO

    O presidente Lula da Silva recusa críticas da oposição, que culpa o sucedido pelo desinvestimento nas infra-estruturas energéticas do país.

    60 MILHÕES ATINGIDAS

    O blackout atingiu pelo menos 800 cidades e mais de 60 milhões de pessoas, muitas das quais foram apanhadas na rua.

    O PIOR FOI EM 2001

    Na última década o país enfrentou outros quatro apagões, o pior dos quais em 2001, com racionamento de água e energia.



    Domingos G. Serrinha Correspondente São Paulo

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  12. Hé héeeee! e viva o apagão...cade os responsãveis pelo feito...na hora não aparece o pai da criança kkkk Blecaute é menos culposo...

    Maria josé Evangelista (fenixfree2@yahoo.com.br)

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  13. Surgiu mais uma hipótese para explicar o apagão de terça-feira passada. Em vez de raios, o excesso de água da chuva poderia ter reduzido a resistência dos equipamentos. Pela primeira vez, o Operador Nacional do Sistema admitiu essa possibilidade. E mais, reconheceu também que é preciso fazer novos investimentos para evitar que se repita o efeito dominó do apagão.

    Oito dias depois do apagão, a pergunta continua: qual foi a causa? O Operador Nacional do Sistema confirma que houve três curtos-circuitos, quase simultâneos, nas linhas de transmissão de energia no interior de São Paulo.

    A primeira hipótese levantada: raios na região. Agora há outra suspeita: o excesso de água da chuva, que poderia ter reduzido a resistência dos equipamentos.

    “Quando você molha um isolador, seja na cadeia de isoladores de uma linha ou isoladores de pedestal equipamentos da subestação, reduz a capacidade de suportar tensões elevadas. Quando molha, não precisa raio, você reduz, em função das tensões que ocorrem”, explica o diretor-geral do ONS Hermes Chipp.

    Mesmo sem uma conclusão sobre o blecaute, agora a ordem é reduzir a geração de energia quando houver tempestade. A Usina de Itaipu vem fazendo isso desde sábado. A medida é para evitar novos apagões.

    O Ministério Público, que investiga o que aconteceu, aguarda novos documentos do setor elétrico.

    “A impressão que dá pelos relatórios preliminares que foram encaminhados é que os órgãos responsáveis também não estão cientes do que vem acontecendo. A impressão que passa é que está tudo no campo da especulação”, comenta o procurador Marcelo Oliveira.

    Outra comissão do Senado quer ouvir os ministros Edison Lobão e Dilma Rousseff: a de Infraestrutura já tinha feito o convite. Agora, a de Relações Exteriores quer que os dois prestem esclarecimentos sobre o apagão.

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  14. A oposição partiu para o tudo-ou-nada na tentativa de convocar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Senado com o objetivo de explicar as causas do blecaute da semana passada. Os parlamentares oposicionistas apelaram até para o sobrenatural. A pedido do líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), a Fundação Cacique Cobra Coral foi incluída, de surpresa, no requerimento do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), para que 20 pessoas, a maioria técnicos, estejam no Senado para explicar o blecaute.

    O requerimento oral foi colocado em votação pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que presidia a reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia e o deu como aprovado sob protesto dos senadores governistas presentes. De acordo com os parlamentares, não se pode apresentar requerimento de forma verbal e, sob o ponto de vista do mérito, não cabe esse tipo de convite. A votação está suspensa e o assunto será retomado logo após a conclusão de uma audiência pública em andamento.

    A Cobra Coral é uma fundação esotérica conhecida por fazer uma série de previsões, inclusive sobre a política nacional. A estratégia do líder do governo é aprovar a matéria em todas as comissões. Senadores da própria base aliada se irritaram com a disputa política em torno do blecaute. Para eles, isso se transformou em mais um desgaste para o Senado.

    – Não vejo meu tempo bem gasto com coisas desse tipo. Não entendo qual é a estratégia de não se querer fazer nada – reagiu o peemedebista Wellington Salgado (MG).

    Valdir Raupp (PMDB-RO) foi mais direto em suas críticas. Segundo ele, essa disputa “está virando uma brincadeira”. Raupp ressaltou que o Senado contribui para o desgaste da sua imagem pública “ao se prestar a esse tipo de coisa”.

    O senador Renato Casagrande (PSB-ES) concordou com o colega peemedebista. Ele disse ainda que o assunto poderia ser bem esclarecido com o comparecimento ao Senado do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e de representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

    – Partimos para a disputa eleitoral e isso é muito ruim porque o Senado não colabora em nada para esclarecer o assunto. A ministra Dilma não é ministra da área e o que se está discutindo aqui é tática de disputa eleitoral – disse Casagrande.

    Arthur Virgílio rebateu as afirmações de Casagrande. Segundo ele, da parte da oposição não há qualquer tipo de disputa eleitoral. O líder do PSDB acrescentou que Dilma Rousseff foi quem elaborou o atual marco regulatório do setor de energia e, por isso, tem que que explicar no Senado o funcionamento do sistema.

    Panos quentes

    Presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA) minimizou a disputa política em que se transformou o blecaute ocorrido na semana passada em 18 Estados. Para ele, há “um alargamento da discussão”, em que se tenta trazer a discussão ao campo político. Sarney acrescentou que, a partir do momento em que o governo apresentar os dados técnicos sobre o problema, o debate se esgotará.

    Ele considera esse tipo de disputa política normal e um fato que não se pode evitar.

    – Faz parte do jogo democrático e é isso que alimenta a democracia – completou.

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