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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Jogo político de Lula

O esperto astro do PT, Luiz Inácio Lula, aprendeu na prática que, para ganhar eleição majoritária, é preciso construir alianças com forças da direita, esquerda e centro. Depois de amargar derrotas, em 2002, Lula ignorou o esquerdismo infantil do PT e convidou o empresário José Alencar para ser o candidato a vice-presidente. Com Alencar na chapa, a direita e os conservadores deixaram de considerar o candidato do PT um “esquerdista perigoso”. Lula elegeu-se presidente, manteve a política econômica do “neoliberal” Fernando Henrique e aliou-se a Deus e ao Diabo para governar. Lula construiu um modelo de aliança eleitoral multifacetada e, em 2006, e reelegeu-se. Armou o mesmo esquema em 2010, com 14 partidos da Base de Apoio ao Governo no Congresso e a ela acrescentou capitalistas, banqueiros e intelectuais. Assim ajudou a eleger Dilma Rousseff sem que ela jamais tivesse disputado uma eleição. Quem acompanha política, não duvida que mestre Lula está hoje em campanha para reconquistar o poder em 2014 – ano da Copa do Mundo de Futebol. A jogada do mestre está visível: à Dilma cabe a responsabilidade de sanear ministérios e enfrentar uma crise mundial que começa nos EUA e na União Europeia e poderá castigar o Brasil. No confronto com partidos aliados, Dilma sofrerá desgastes e poderá não se viabilizar como candidata à reeleição. Se assim ocorrer, o candidato do PT à Presidência será Lula. Deu pra entender?
Em ação
Lula hoje percorre o Brasil com dois objetivos: não ser esquecido pela Tigrada e influir nas eleições municipais de 2012. A jogada é eleger um aliado ao esquema dominante em todos os Estados mais influentes do Brasil e assim montar uma forte base eleitoral para influir na sucessão presidencial em 2014. Nesse tipo de jogo, Lula é doutor.
Luta em Minas
Em Minas Gerais – terra de um virtual candidato da oposição à Presidência da República em 2012 –, a estratégia é desbancar os tucanos do Governo estadual. Para isto o jogo de mestre Lula e do partido dele, o PT, é eleger prefeitos aliados nas cidades estratégicas, entre elas, Belo Horizonte, Uberlândia, Juiz de Fora, Contagem e Betim.
Sem flores
A jogada do mestre do PT, para ter suporte eleitoral em 2014, está em marcha e só não vê quem é míope. A meta básica é eleger “companheiros” nas cidades chaves. Para isto é preciso manter os adversários que têm mando político no Estado e nas cidades estratégicas a pão e água. Repassar verbas federais para ajudar “inimigos” nem pensar.

 Ivan Santos - Jornalista

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