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domingo, 19 de junho de 2011

História da Paraíba: Um barão com fama de visionário‏

A localidade que todos conhecem como a Praia de Pitimbu já se chamou Abiaí em homenagem a um jornalista, político e advogado que ostentou o título de barão de Abiaí. Silvino Elvídio Carneiro da Cunha, primeiro e único barão de Abiaí, nasceu na Província da Paraíba, no Período Imperial, em 1813, e morreu em Recife, no ano de 1892. Foi o último presidente da Paraíba do Período Imperial e se destacou na administração pública. Além da Paraíba, teve notórias passagens no governo imperial do Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte. Considerado um visionário, foi dele a iniciativa dos trabalhos das primeiras linhas de telégrafos, que ligariam a Cidade da Paraíba do Norte a Recife.
O barão passou a infância na localidade onde hoje é o município de Alhandra. Logo, aos 17 anos mudou-se para Pernambuco com o objetivo de cursar direito na cidade de Olinda. Em 1853, com o título de bacharel em mãos, retorna à Paraíba e inicia seus trabalhos como advogado, atuando no foro da capital. Também foi inspetor da alfândega da Paraíba, do Amazonas e do Maranhão. Além de delegado de policia, promotor público e secretário do governo, foi também diretor da instrução pública e procurador fiscal da Fazenda na Paraíba e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Pernambuco.
Era filho do comendador Manoel Florentino Carneiro da Cunha e de dona Rita Maria da Mota. Seguindo os passos de seu pai, ingressou nas hostes do Partido Conservador, elegendo-se deputado provincial para a legislatura de 1856-1857. Retornou à Assembleia Legislativa em 1862, quando já era considerado um dos maiores próceres de seu partido, à época, liderado na Província por seu tio Joaquim Manoel Carneiro da Cunha, e com a morte deste, ocorrida em 1870, ascendeu à chefia da referida agremiação política.
Ávido por poder
Para o historiador e autor do livro "Paraíba - Lutas e Resistências", José Otávio de Melo, o barão de Abaiaí era um político ávido pelo poder e não contemplava a execução de obras. "Ele fez escola e há muitos políticos que atualmente seguem a tendência que ele implantou, ou seja, aquele político que chega ao poder e só pensa em aumentar o poder e conseguir títulos", afirma o professor.
Com o apelido de "gato ruivo", em virtude da cor de seus cabelos, o barão de Abiaí foi por três vezes presidente da província da Paraíba. "Ele era de um partido muito conservador, mas foi marcado pela contradição. Foi atuante no período imperial, mas aderiu à República quando o governo imperial não tinha mais fôlego", destaca José Otávio.

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