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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

As injustiças existentes no Brasil...

A vida humana ganha sua riqueza e é construída e experimentada tomando como referência o princípio da dignidade. Características particulares como sexo, idade, etnia, religião, classe social, grau de instrução, necessidades ou talentos especiais, opção política e ideológica, dentre outros, não aumentam nem diminuem a dignidade de uma pessoa.

A sociedade é composta de pessoas diferentes entre si, não somente em função de suas personalidades singulares, como também relativamente a categorias ou grupos. A diversidade tem como implicação uma multiplicidade de comportamentos e relações, o que guarda a possibilidade de enriquecimento das pessoas envolvidas.

Entretanto, a par da riqueza decorrente da diversidade existem preconceitos e discriminações. A atitude de preconceito está na direção oposta do que se requer para a existência de uma sociedade democrática, pluralista por definição.

No Brasil, assim como na maioria dos países, principalmente nos subdesenvolvidos, há uma grande injustiça perante a classe dominante, que são os trabalhadores.

Recentemente, houve uma ampla discussão para saber em quanto iria ficar o salário mínimo no país, que em termos absolutos é um dos mais baixos do mundo.

Foram horas, dias, semanas e até meses em que, os deputados e senadores, junto com a classe patronal e trabalhista, ficaram discutindo em quanto iria ficar o reajuste do salário.

No nosso país, mais de 80% dos trabalhadores recebem até dois salários mínimos. São esses trabalhadores que carregam o nosso país nas costas, já que todos os dias eles tem que acordar cedo, trabalham no mínimo 40 horas semanais e no final do mês ainda se tornam verdadeiros artistas de circo, pois têm que fazer malabarismo com os seus salários: é contas de luz, água, telefone, aluguel, feira, etc.

Durante a discussão, baseado na tese de que esses trabalhadores são a grande maioria no país, um aumento acima da inflação poderia “quebrar” o país. Então, para evitar isso e pensando no “bem-estar” dos brasileiros, esses políticos tiveram pena, e deram um aumento em torno de 6%, passando de R$ 510,00 para R$ 545,00. Porém, no apagar das luzes, essas mesmas pessoas, que deram esse “grande” aumento para os trabalhadores, e como eles ganham muito pouco, reajustaram os seus salários em quase 100%. Pena que eles não fizeram isso antes das eleições, pois se tivessem feito isso, nós trabalhadores teríamos pena deles também e mandaríamos para os seus devidos lugares.

Outra injustiça existente no Brasil, é que, enquanto nos temos que trabalhar a vida inteira pensando na aposentadoria, que muitas vezes o salário de um aposentado só dá para pagar os medicamentos, esses políticos que são tão “bonzinhos” conosco, basta só um mandato para receber uma “pensão” vitalícia, onde muitas vezes esse mandato não dura nem 1 ano. Sem contar que, além dos altos salários, eles contam com auxílio moradia, transporte, alimentação, educação e tudo mais que têm direito. Enquanto isso, nós trabalhadores sofremos para adquirir uma casa, sofremos com o descaso educacional, temos que acordar de madrugada e muitas vezes até dormir nos postos de saúde para ver se tentar conseguirmos ser atendidos, dentre outros males existentes.

Recentemente, no Rio de Janeiro, uma desembargadora do Ministério do Trabalho, estava embriagada e atropelou uma empregada doméstica que voltava do trabalho. Após ser levada para a delegacia, a mesma foi solta porque, como era desembargadora, não podia ser presa. Enquanto que, se um pai de família entrar num supermercado e roubar um quilo de feijão ou de arroz para matar a fome de sua família, será autuado como ladrão. São essas e outras injustiças que nós, pessoas honestas e trabalhadoras, sofremos diante da justiça dos homens.

Vou parando por aqui, pois se continuar comentando essas injustiças, esquecerei que preciso trabalhar para ajudar a pagar os “míseros” salários dessa classe beneficiada.
Um grande abraços para todos.


Professor Marciano Dantas
Natal/RN.

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