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segunda-feira, 5 de abril de 2010

1585 – OS PARTOS DAS ÍNDIAS NA PARAÍBA

As índias que habitavam na Paraíba, na época da colonização Filipéia de N. S. das Neves, elas desempenhavam um papel árduo na tribo; tinham os seus corpos robustos e bem dispostos.
Na gravidez abstinham-se de determinadas alimentações e o uso de sexo; quanto ao parto era um ato solitário a exemplo dos animais. A mulher separava-se do seu grupo ou da sua tribo quando sentia as primeiras contrações e de cócoras elas pariam os filhos, sem auxilio de terceiros. Em algumas tribos as companheiras mais velhas ou parentas acompanhavam os trabalhos.
O PARTO PRIVADO
Quando sozinhas executavam as massagens abdominais para expulsar a placenta, e quando isso acontecia cortavam o cordão umbilical com os dentes.
O medico obstetra e escritor Delosmar Mendonça, em seu livro “Resgate de 500 Anos da História da Obstetrícia na Cidade de João Pessoa”, comenta que “Na época do descobrimento do Brasil, quanto ao tratamento das doenças dos índios, eram os mesmos dos povos da pré-história, como ferimento, uma flexada ou causa oculta como dor, febre, vomito, etc e que os índios acreditavam em ações maléficas e combatiam as enfermidades com ervas, inclusive ainda hoje muitas residências principalmente no interior do Estado, possuem no seu quintal, uma horta medicinal; no tratamento fototerápico utilizavam plantas medicinais, como o agrião, sabugueiro, colônia, mastruz, quebra-pedra e outros”.
A carne do sapo preto, além de ser utilizada no preparo de feitiçaria, era usada pelas parturientes para aliviar as dores dos trabalhos de parto. Elas também já usavam a urina como ocitócito..
Na colonização em 1611 na Paraíba as índias como “pré-natal” se abstinham de certas alimentações e ouso do sexo antes e depois do parto, até que o bebê fosse desmamado.
O “CHOCO” DO MARIDO
Após o parto os maridos entravam em “choco”, uma espécie de recolhimento na rede para receber os cumprimentos até o saramento do umbigo do rebento.
As gorduras de certos animais eram utilizadas como anti-sépticos e cicatrizantes.
Muitos medicamentos eram utilizados (como ainda hoje a Ipepaconha, cujo nome é Ipepacoanha) para vomitório e como antibactericida, e a mamona nos casos de abcessos.
Nas afecções externas usavam efeito do calor local, era o calor seco, o que vale dizer hoje a compressa de pano quente, o corpo recebendo vapores.
Nos sinais visíveis como feridas e supuração usavam a sucção, sopros ou fumigações, hidroterapia e cirurgias rudimentares, principalmente para mordidas de cobras.
O banho era tido como fundamental higiene e curativo, especialmente o de água fria na febre. Os caldos aquecidos eram utilizados, o que vale dizer os emplastros do século passado. O jejum era um processo integrado e usado como remédio.


‘Arion Farias’

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